Contra o Ituano, neste domingo (18), pela sexta rodada do Campeonato Paulista, na Neo Química Arena, o Corinthians foi jogou bem. E só. O que é ótimo, se pensarmos que há algumas partidas, contra adversários tecnicamente inferiores, nem isso vinha sendo possível, mas ainda é muito pouco para os desafios que o Timão tem pela frente na temporada.
Em três dias, o clube de Parque São Jorge fará a sua estreia na Copa Sul-Americana, que, embora não seja a “Série A” do futebol continental, é um torneio internacional, onde apenas um time por grupo se classificará à fase seguinte. Além disso, estamos a pouco mais de um mês do início do Brasileirão, e o torcedor corintiano não quer ver o time brigando contra o rebaixamento, como foi durante curto momento na temporada passada, antes da chegada do técnico Vagner Mancini.
Se em 2020, o treinador do Corinthians precisou apagar um incêndio, agora é a vez de começar um novo. Não em nível de problemas, mas em relação a choque, de realidade principalmente.
Diante do Galo de Itu, o Timão controlou as ações do jogo, mas agrediu muito pouco, foi tímido e se restringiu ao necessário. Contra a equipe do interior, isso foi o suficiente, mas e depois disso? Até quando um futebol moroso e fincado em resultado será o suficiente para conquistar esses mesmos resultados?
Luan, Léo Natel, Jô e até alguns dos meninos, como Varanda, já mostraram pelo menos alguma vez que podem jogar mais do que vêm jogando, mas precisam colocar os dois dedos na tomada para ficarem elétricos. Essa é a essência do Corinthians: eletricidade em campo.
Veja só Otero, ainda que possamos questionar a qualidade técnica, é um jogador que mais uma vez, na noite deste domingo (18), se entregou. Em período final de contrato, o venezuelano tem se apegado em uma remota esperança de renovação para se movimentar na segunda faixa central, arriscar chutes, mesmo que alguns até sejam de forma precipitada, a até gol de cabeça fez contra o Ituano, justamente porque fez aquilo que era cobrado há tempos: pisou na área.
Mas não dá para todos os jogadores só acordarem quando verem que os seus vínculos com o Corinthians estão chegando ao fim. Entrega é necessário em todos os jogos, e o contra o Ituano mostrou que se tiver mais deste brio dá para evoluir bastante nas quatro linhas.
Se quando chegou Mancini precisou ser extintor, agora a necessidade é que seja curto-circuito.
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