Falta pouco mais de um ano para a próxima eleição do Corinthians, mas a política do clube já está em ebulição. Roberto de Andrade, atual presidente, vê alguns de seus aliados se afastarem dele, formarem grupos e até se aproximarem de antigos oposicionistas. É o caso do ex-presidente Andrés Sanchez, uma das maiores lideranças do clube nos bastidores.
Em entrevista à TV Gazeta no último domingo, Andrés Sanchez decretou o fim do grupo "Renovação e Transparência", que está no poder desde 2007.
- Existem hoje outros grupos, novos líderes, novas pessoas - afirmou.
O ex-presidente declara que não pretende concorrer no próximo pleito, mas nem por isso deixa de se articular politicamente. Sanchez, inclusive, tem conversado com opositores, caso de Paulo Garcia, que chegou a lançar candidatura na última eleição, mas depois retirou e declarou apoio a Antônio Roque Citadini, também de oposição.
Paulo Garcia é amigo de Andrés e foi o maior doador na campanha dele a deputado federal em 2014. Eles podem se unir em uma chapa em 2017 juntamente com outros ex-membros do "Renovação e Transparência".
Outro que tenta se articular é o vice-presidente do Timão Jorge Kalil, que também se afastou do "Renovação e Transparência" e goza de prestígio no Parque São Jorge. Envolvido na política corintiana há anos, ele sonha em ser presidente do clube.
Enquanto isso, Roberto de Andrade está isolado e teme enfrentar dificuldades no Conselho Deliberativo, órgão que, entre outras atribuições, é responsável por aprovar as contas do clube.