O Corinthians divulgou na noite da última sexta-feira o seu balancete até o mês de agosto de 2021. No documento, o clube anuncia o superávit de R$ 1,8 milhão nos primeiros oito meses do ano, e viu seu endividamento acumulado diminuir ligeiramente em relação ao mês de junho, segundo os critérios do LANCE!. Agora, ela está em R$ 977,2 milhões, ainda longe de ser controlado.
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Esse resultado positivo tem a ver com a política de austeridade aplicada desde o início da gestão de Duilio Monteiro Alves, que cortou gastos no departamento de futebol, diminuindo a folha salarial com a saída de alguns jogadores. Além disso, o clube conseguiu trazer novas receitas com novos patrocínios.
Sendo assim, o futebol teve um superávit de R$ 18,641 milhões no período, enquanto o clube social teve um déficit de R$ 16,799 milhões. Por isso, o resultado líquido desses oito meses foi de R$ 1,841 milhão. Vale lembrar que no ano passado, somados os 12 meses, o prejuízo foi de R$ 123,3 milhões.
O superávit poderia ter sido maior, caso não houvesse um aumento substancial nas despesas do futebol nesses últimos dois meses. Os gastos com o departamento aumentaram em R$ 61,211 milhões, enquanto as receitas também aumentaram em R$ 47,837 milhões (direitos de TV e patrocinadores), mas não tanto quanto as despesas, como por exemplo as relacionadas a pessoal, que cresceram em mais de R$ 33,5 milhões entre junho agosto.
No documento, ainda não estão computados todos os salários relacionados aos novos contratados recentemente pelo clube, como Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian. Segundo a diretoria, a folha salarial ainda ficará menor do que era antes da saída de jogadores, principalmente no primeiro semestre. Todos os atletas estavam livres no mercado para assinar.
Apesar desse resultado positivo no período, a dívida acumulada permanece alta, mas diminuiu em relação ao balancete divulgado em junho. O valor passou de R$ 978,8 milhões para R$ 977,2 milhões, sendo que R$ 595,2 milhões são endividamentos de curto prazo, que precisam ser quitados em até 12 meses. Esse valor aumentou em R$ 6,7 milhões se comparado ao acumulado no primeiro semestre do ano, algo que chama a atenção.
Vale lembrar que essa dívida não engloba os valores relacionados à Neo Química Arena, que estão sendo negociados em outras frentes e devem ter um desfecho anunciado em breve, de acordo com os próprios dirigentes.
Entre essas dívidas de menor prazo está a de "Obrigações e Encargos Sociais", que se destaca pelo aumento gradativo nos últimos meses. Agora ela é de R$ 194,7 milhões, um dos motivos é o fato de o clube não depositar o FGTS dos funcionários há cerca de dois anos. Em 31 de dezembro de 2020, esse valor estava em R$ 138,2 milhões, aumento de R$ 56,5 milhões em oito meses.
Confira alguns valores de agosto/2021 em comparação com junho/2021
Superávit
Até 30 junho/2021 - R$ 394 mil
Até 31 agosto/2021 - R$ 1,841 milhão
Superávit Futebol
Até 30 junho/2021 - R$ 33,891 milhões
Até 31 agosto/2021 - R$ 18,641 milhões
Déficit Clube Social
Até 30 junho/2021 - R$ 33,497 milhões
Até 31 agosto/2021 - R$ 16,799 milhões
Receitas Futebol
Até 30 junho/2021 - R$ 200,111 milhões
Até 31 agosto/2021 - R$ 247,948 milhões
Despesas Futebol
Até 30 junho/2021 - R$ 168,096 milhões
Até 31 agosto/2021 - R$ 229,307 milhões
Receitas Clube Social
Até 30 junho/2021 - R$ 20,501 milhões
Até 31 agosto/2021 - R$ 35,705 milhões
Despesas Clube Social
Até 30 junho/2021 - R$ 53,395 milhões
Até 31 agosto/2021 - R$ 51,909 milhões