Fora do Corinthians desde 31 de agosto, quando inaugurou uma série de lesões que o tornaria desfalque em oito partidas do Brasileirão e da Copa do Brasil, o meio-campista Guilherme voltou à equipe nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG. Camisa 10 contratado no início do ano, o meia ficou no banco de reservas durante os 90 minutos, mas comemorou o fato de ser novamente uma opção para o técnico Fabio Carille.
Mesmo sem jogar, Guilherme topou conceder entrevista após o empate sem gols entre o Corinthians, equipe que defendeu em 37 jogos no ano, e o Atlético-MG, seu último time no futebol brasileiro. O meia já atuou como volante, armador e centroavante no Timão, revezou momentos como titular e reserva e ainda não encontrou posição com Tite, Cristóvão Borges e Fabio Carille. Sincero, o camisa 10 do Timão tentou explicar sua situação no elenco agora que está novamente apto a entrar em campo.
- Quando cheguei fui fazer função de 4-1-4-1 que nunca tinha feito na minha vida, sofri para poder fazer, fui cobrado por uma melhora ofensiva, mas como eu marcava muito tinha dificuldade. Aí saí do time, e quando retornei foi com um ajuste. Aí sim no lugar perfeito para mim, ideal, com dois volantes por trás. Joguei sete ou oito jogos dessa forma em crescente, uma evolução muito boa. E de repente eu saí, não sei até hoje porque. Não foi tecnicamente, taticamente, não foi um motivo dentro do campo, talvez só uma opção - disse Guilherme, que virou reserva sob o comando de Cristóvão Borges, logo no segundo jogo do treinador que não durou nem três meses no Corinthians.
- Fiquei durante três meses no banco e nunca entrei em uma função confortável. Como titular fiz falso 9 em três jogos antes de me machucar e a lesão acabou interrompendo. Inclusive na época da lesão estava em uma situação que poderia ser mais simples, mas justamente por não querer sair acabei me prejudicando. Mas foram dias de torcedor, de observar de fora, internalizar algumas coisas e graças a Deus estou de volta e pronto para ajudar, para ter oportunidade de retomar - esclarece o meia.
Fora há oito partidas, Guilherme soma 37 jogos pelo Timão, sendo 27 como titular. Ele tem quatro gols e quatro assistências pelo clube, e não engole o fato de ter virado reserva justamente quando vinha bem, no fim da passagem de Tite. Apesar de admitir que perdeu espaço, ele ainda se vê útil até o fim do ano.
- Tive uma conversa com o Tite quando não vinha bem, não vinha desenvolvendo bem a questão ofensiva e isso me incomodava. Ele viu que não estava dando certo e fez um reajuste, encaixamos mais na frente, perto do centroavante, para eu poder construir as jogadas. Naquele momento eu tinha os melhores números do elenco, era o quarto ou quinto do campeonato em criação de situação de gols e do nada saí do time. Isso custou alguns meses, mas o ano não acabou, ainda tenho minha oportunidade de dar a volta por cima - reflete.