Em boa fase, Guilherme cita tumulto, e não contrapõe-se a presidente: ‘Chefe é chefe’

Meio-campista do Timão celebra momento, mas volta a responder sobre reunião com torcida e briga em Salvador após Roberto de Andrade dizer que convidou organizada

imagem camera(Foto: Ale Cabral/Lancepress!)
Avatar
Lance!
São Paulo (SP)
Dia 27/05/2016
18:13
Atualizado em 27/05/2016
19:27
Compartilhar

Os 3 a 0 diante da Ponte Preta, na Arena de Itaquera, pacificaram um pouco os ânimos do Corinthians após a primeira vitória no Brasileirão e o fim do jejum de cinco partidas sem vencer ao longo da temporada. Porém, o ambiente segue conturbado por questões alheias às quatro linhas: neste quinta, o presidente do clube, Roberto de Andrade, concedeu entrevista coletiva áspera, em que revelou ter convidado torcedores organizados para uma reunião com jogadores do Timão há duas semanas, ainda durante a seca de bons resultados. A reação do grupo foi negativa ao encontro, e o meio-campista Guilherme até havia se manifestado publicamente sobre o assunto. Nesta sexta-feira, o camisa 10 voltou a falar a respeito do tema, com outra visão.

- Nem fui um dos que foram lá, não soube nem o teor do papo. Quando me referi a não concordar, e não concordo mesmo, não só aqui ou em qualquer lugar, é com violência. Pelo teor, ouvi dizer que foi tranquilo, com incentivo, apoio, então é válido. Desde que não quebre o clube, é completamente viável - afirmou Guilherme, que só mudou esse posicionamento quando foi questionado sobre o tumulto com torcedores durante a viagem a Salvador, quando alguns torcedores estiveram na porta do hotel do Timão no dia anterior à derrota diante do Vitória e tiveram forte desentendimento com o grupo.

- Isso aí já foi bem diferente do ocorrido aqui no clube, já foi mais ousado, mais complicado e mostrou no jogo que não mudou e nada, não traz resultado positivo. Foi mais brabo um pouco (risos). Houve um bate-boca lá, mas não passou disso, não - disse o camisa 10, que logo depois precisou responder uma pergunta a respeito da linha tênue entre um protesto como o da Bahia e uma reunião no CT. 

- É o presidente que manda aí, né? Chefe é chefe (risos). Faz parte do nosso cotidiano de futebol, acho que medo a gente só tem da violência, cada reação tem uma ação, somos todos trabalhadores, pais de família. Se for com educação não tem problema - posicionou-se o camisa 10.

Em campo, ao contrário do que ocorre fora dele com o Corinthians, Guilherme vive um bom momento. Ele foi autor de um golaço na vitória diante da Ponte Preta e tem obedecido a uma nova função tática - em vez de ser um dos volantes do 4-1-4-1, ele agora é um dos armadores do 4-2-3-1 de Tite. Por isso, o camisa 10 está animado com a sequência da temporada.

- Eu me sinto mais seguro nas minhas tomadas de decisão ofensivas, tendo um jogador de marcação por perto. Mas não deixei de ter esse combate. Me sinto mais completo, além de ter evoluído taticamente. Um tempo atrás eu estava correndo, marcando, mas me sentia mais modesto. Qualquer toque que errasse podia ser fatal, então eu tinha que ser mais simples. Mesmo com o Elias eu consegui ter essa liberdade. Claro que não posso garantir 38 jogos maravilhosos, mas eu almejo sim fazer mais gols, dar passes. No jogo passado criei bastante, agora fiz gol. Sou um sonhador, fico trabalhando e pensando em cada vez mais fazer gols - disse o camisa 10 do Corinthians.

Siga o Lance! no Google News