A estratégia de jogo ofensivo do Corinthians não deu certo em Minas Gerais. Desfalcado de Vagner Love, o técnico Fábio Carille escalou Gustagol como homem de referência no ataque e apostou na qualidade do centroavante nas bolas aéreas para conseguir uma vitória contra o Cruzeiro. O Timão, entanto, não conseguiu fazer a bola chegar na frente e ficou no empate sem gols com a Raposa na noite deste sábado.
Isolado na frente e no meio de dois zagueiros altos, Gustagol praticamente não conseguiu participar do jogo ofensivo do Corinthians. O centroavante movimentou-se bastante, saiu de perto da área cruzeirense, buscou abrir espaços para a chegada dos meias e volantes, mas o restante da equipe alvinegra não conseguiu colaborar com o camisa 19.
Para que o Timão fosse mais agressivo era necessário que o time conseguisse ter profundidade pelas laterais. Com Clayson sem grande inspiração e com o uruguaio Bruno Méndez improvisado na lateral-direita após a saída de Michel Macedo, a bola praticamente não chegou para Gustagol em condições de finalização ao gol adversário.
A melhor chance do time comandado por Carille na partida aconteceu justamente em uma rara jogada deste tipo, quando o centroavante acertou um voleio e a bola passou próxima ao gol defendido por Fábio. No mais, o Corinthians enfrentou extrema dificuldade em ser ofensivo.
A limitação do time, no entanto, não é algo novo. Desde o início da temporada, o Corinthians tem dificuldades para criar no meio de campo e agredir seus adversários. A situação ficou mais difícil ainda sem o lateral Fagner, os meia-atacantes Pedrinho e Mateus Vital e do atacante Vagner Love.
A comissão técnica aguarda ansiosamente a parada da Copa América para dar mais ofensividade ao Corinthians. Há uma melhora nos últimos jogos, sobretudo após o título do Paulistão, mas o desempenho ainda está longe de ser o ideal. A equipe precisa evoluir e criar mais oportunidades para seus homens de frente.