No Brasileirão, Corinthians apenas finaliza mais do que CSA e Botafogo

Em média, Timão chuta ao gol adversário pouco mais de dez vezes por partida e precisa de 9,85 finalizações para marcar na Série A. Carille admite dificuldade na parte ofensiva 

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Não é segredo algum que o principal problema do Corinthians nesta temporada é o rendimento do sistema ofensivo. Até aqui, em 25 rodadas do Brasileirão, o Timão marcou apenas 27 gols. De acordo com o levantamento feito pela FootStats, o Alvinegro finaliza uma média de 10,6 vezes por partida no torneio, mas precisa de 9,85 chutes ao gol para balançar a rede adversária. 

No levantamento dos 20 clubes da Série A, o número de finalizações do Corinthians (266, ao todo) só não é pior do que os registrados por CSA (235) e Botafogo (222). Mais preocupante ainda é a taxa de acerto da equipe comandada pelo técnico Fábio Carille. Isto porque, dos pouco mais de dez chutes que o Timão costuma dar em um jogo do Brasileirão, apenas quatro deles têm a direção do gol. 

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No último domingo, contra o São Paulo, o sistema ofensivo do Corinthians foi praticamente inoperante. O argentino Mauro Boselli, referência no ataque, ficou com a bola por apenas 18 segundos durante os 90 minutos de jogo. Ao todo, o Timão deu apenas três chutes ao gol defendido por Tiago Volpi, sendo que dois deles foram para fora. 

Os números explicam o momento delicado vivido pelo Corinthians. A dificuldade na criação das jogadas ofensivas tem sido criticada pelos torcedores e até mesmo pelos jogadores, como por Boselli em entrevista coletiva na última quarta-feira, no CT Joaquim Grava. 

Questionado sobre o assunto após a derrota no Majestoso, Fábio Carille reconheceu a dificuldade para fazer o ataque do Corinthians ser mais efetivo. O treinador, em uma entrevista sincera, afirmou que há um problema de entendimento de jogo e que caso não haja uma melhora rápida o Timão ficará fora da Copa Libertadores do ano que vem. 

- A dificuldade não está na função dos jogadores, está no entender do jogo. A gente está com uma ideia que não é a do Corinthians, isso de muitos anos, de ficar recuando bola para o Cássio a toda hora. O entendimento está difícil, mas por incrível que pareça estamos em quarto. Não dá para entender, o que está jogando não era para estar em quarto. Era para estar fora da zona de classificação da Libertadores, alguma coisa tem de bom. A entrega, a vontade, organização defensiva. E a gente tem de crescer na parte ofensiva, e eu estou tendo dificuldade de fazer isso - explicou o comandante do Timão. 

Na próxima quarta, contra o Goiás no Serra Dourada, o Timão terá o retorno do meia-atacante Pedrinho - um dos poucos destaques ofensivos do Corinthians nesta temporada - e do meio-campista Sornoza, líder de assistência do Alvinegro na temporada. 

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