"Espero e vou ter. Estamos trabalhando para isso", disse Cristóvão Borges, em 2 de agosto, ao responder sobre a busca do Corinthians por reforços para o segundo semestre. Mais de uma semana depois, a busca continua, e o Timão ainda não tem negociações engatilhadas a menos de um mês do encerramento das inscrições no Brasileirão e na Copa do Brasil.
Para piorar o cenário, há possibilidade real de saída de duas peças importantes do elenco: Bruno Henrique, volante titular e às vezes até capitão, e Luciano, reserve imediato de André como centroavante.
Bruno Henrique tem oferta do Torino, da Itália, e o clube deve formalizar uma segunda investida nos próximos dias, com valores mais próximos dos 4 milhões de euros (R$ 14,5 milhões) da multa rescisória. Na última semana, o presidente Roberto de Andrade confirmou publicamente as negociações, relatou que o jogador deseja a transferência, mas bateu o pé sobre a questão financeira e esfriou o negócio. A pressão ocorre porque o Timão tem apenas 25% dos direitos econômicos do volante e não teria muito retorno nesta negociação.
Com Luciano, é parecido: o Timão tem só um quarto dos direitos, e receberia pouco mais de R$ 2 milhões pela venda por R$ 8,7 milhões, valor que o Al Wahda (EAU) sinalizou que pode investir nesta janela por meio dos representantes do atacante. Sem espaço no Corinthians depois que Cristóvão o sacou do time, Luciano deseja a transferência, mas o Corinthians não se anima em deixá-lo sair.
Enquanto busca um lateral-direito para ser reserva de Fagner e um atacante para disputar posição com André e assim apresentar os reforços prometidos a Cristóvão, o Timão também tem problema em segurar seus jogadores. E agora?