Do caixa ao campo, Corinthians vive turbulência generalizada após anos

Derrota para o Palmeiras traz problemas à tona e cria novas dificuldades, que vão de demissão de treinador a perda de profissionais e jogadores. Finanças correm risco

imagem camera(Foto: Marcello Zambrana/AGIF/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 19/09/2016
01:23
Atualizado em 19/09/2016
06:25
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O Corinthians volta a viver uma turbulência como há anos não enfrentava. A derrota no clássico contra o Palmeiras, no último sábado, traz à tona problemas que já atormentavam o clube e também cria outros, como a demissão do treinador, algo que não ocorria no Timão desde 2010. A má fase pode gerar também dores de cabeça no futuro, sobretudo sob o aspecto financeiro. No passado recente houve crises difíceis, mas diferentes da atual, que é generalizada. Leia abaixo os detalhes: 

- COMANDO

Desde Adilson Batista, em 2010, o Corinthians não demitia um treinador, como fez com Cristóvão Borges. Em junho, Tite só deixou o clube para dirigir a Seleção. Antes, o próprio Tite e Mano Menezes cumpriram contrato até o fim. Agora, Timão diz que manterá o auxiliar Fábio Carille no cargo até dezembro. Para 2017, Roger e Eduardo Baptista são cotados.

- PRESSÃO
Torcida deixou claro em Itaquera, no sábado, que está sem paciência. Além dos protestos habituais das organizadas, que cobraram raça e criticaram o diretor adjunto de futebol, Eduardo Ferreira, outros torcedores se manifestaram. No setor Oeste, o mais caro, houve xingamentos em direção ao camarote da diretoria na Arena.

- ARENA
Com exceção do Dérbi, que contou com mais de 40 mil pessoas, jogos do Timão vem sofrendo queda de público. Caso time não se classifique para a Libertadores de 2017, tendência é o quadro se agravar no próximo ano. Isso dificulta ainda mais o pagamento do estádio, que já sofre com camarotes “encalhados” e sem vender naming rights.

-DEBANDADA

Entre vendas e liberações, o Corinthians perdeu 20 jogadores nesta temporada, causando enorme perda técnica na equipe. Tal questão está atrelada a uma outra dificuldade do Timão: a financeira. Nos dois últimos anos o clube fechou com quase R$ 100 milhões de déficit e viu suas dívidas crescerem. Assim, é quase impossível segurar jogadores.

Internamente culpam crise financeira do clube, mas também criticam planejamento de Edu Gaspar

- TÉCNICA
Além de torcedores e da imprensa, até mesmo dirigentes do Corinthians reconhecem que o elenco atual possui carências. Internamente, culpam a dificuldade financeira do clube, mas também apontam erros no planejamento do ex-gerente de futebol Edu Gaspar. Equipe segue fora do G4 e viu líderes dispararem.

- PROBLEMAS INTERNOS

Nos últimos meses, Corinthians perdeu profissionais de vários departamentos e, a fim de reduzir custos, recorreu a opções caseiras para substituir. Foi assim na comissão técnica, que ficou sem o fisioterapeuta Bruno Mazziotti e o preparador físico Fábio Mahseredjian. Marketing e Comunicação também sofrem críticas.

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- AS ÚLTIMAS TURBULÊNCIAS

2015
Clube viveu momento complicado após eliminações para Guaraní(PAR) e Palmeiras. Na sequência, Guerrero e Emerson Sheik foram para o Flamengo. Depois, Fábio Santos, Petros e outros saíram. Mas a equipe se reergueu rapidamente e faturou o Brasileirão depois.


2014
Centro de treinamento foi invadido no começo do ano, após goleada sofrida para o Santos. Depois, Timão se estabilizou e festejou a inauguração da Arena. No fim do ano, houve protestos após queda na Copa do Brasil e período de indefinição sobre o futuro de Mano Menezes.

2013
Fase mais difícil foi no segundo semestre, quando Pato perdeu pênalti diante do Grêmio, ao tentar cavadinha, e provocou ira da torcida. Prestígio de Tite, conquistas no ano anterior e bom momento financeiro, porém, impediram uma crise maior. Clube ainda faturou Paulistão e Recopa Sul-Americana..

2011
Corinthians viveu grande turbulência após queda na Libertadores. Tite esteve na corda bamba após ser eliminado para o Tolima (COL), mas resistiu e foi campeão brasileiro. Clube fechou ano com as contas no azul, e grupo da situação elegeu Mario Gobbi presidente no início de 2012.

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