Para o técnico Fábio Carille, não há favorito no clássico deste sábado entre Corinthians e Palmeiras na Arena. O comandante corintiano destacou o poderio do rival, mas mostrou confiança em sua equipe para o duelo válido pelo Campeonato Paulista, marcado para às 17h.
- Eles têm que bloquear o nosso (meio-campo) também. Jogo igual, muito grande, 50% para cada um. O Palmeiras contratou para ser campeão, mas as coisas têm que acontecer dentro de campo. Vai ser jogo grande, como é todo clássico - afirmou Carille, que confirmou a ida de Camacho para o Atlético-PR em troca do lateral-esquerdo Sidcley, ambos por empréstimo até o fim do ano.
Na entrevista coletiva, o técnico lembrou do primeiro Dérbi do ano passado. O Corinthians também não vinha convencendo, venceu o rival por 1 a 0 na Arena e abriu caminho para o título paulista e depois brasileiro.
- Enfrentamento grande, todo clássico tem o momento melhor de um ou de outro, muitas vezes não é isso que faz o resultado. Já vimos muitos casos de um time estar muito mal, lembro de 2011, com gol do Alessandro quando a gente tinha acabado de perder para o Tolima, um momento ruim, a torcida e imprensa com pressão, e a gente ganhou o jogo que ninguém acreditava.No ano passado também muito se falou do Palmeiras, a gente perdeu o Gabriel, foi o jogo que mudou a nossa chavinha, a imprensa começou a olhar diferente e o torcedor também. É um jogo que pode mudar sim, mas não tem jeito, não é Palmeiras tem mais chances, 70%, não. Clássico é 50% para cada lado - analisou Carille.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Carille:
Apoio da torcida
Não é só hoje, o torcedor do Corinthians apoia sempre, em vários clássicos. Lembro de um jogo que fizemos no Morumbi que nossa torcida não podia ir e eles vieram prestigiar também. Jogo grande, tudo pode acontecer. Estamos preparados para fazer um grande jogo e buscar a vitória.
Manutenção de Renê Júnior
Renê para mim fez um excelente jogo, muito tranquilo, muito técnico e vai agora ter uma sequência na posição.
Fim do 4-1-4-1
Agora passo para dois volantes, está definido até que me prove o contrário. Uma tentativa, o Paulista nos dá essa alternativa, era o momento de tentar, é uma semana decisiva. Gostei do nosso posicionamento contra o Red Bull, temos Palmeiras, uma semana pesada, por isso já trouxe contra o Red Bull, quando eu já não estava feliz com o que estava vendo, a situação do ano passado.
Jogar em casa dá vantagem?
Não tem nenhuma vantagem. Falando do ano passado, fomos felizes contra São Paulo e Palmeiras lá, ganhamos em casa, empatamos outros. Não faz vantagem, é quem tiver melhor posicionado, jogadores experientes que saibam trabalhar na pressão, os de Corinthians e de Palmeiras.
A busca por um 9 - Vai ter de se virar com o que tem?
Cara, eu não sou de ficar lamentando e a palavra não é se virar, acho que é um desrespeito com os atletas que têm aqui. Tenho que trabalhar com o que eu tiver. As inscrições para a Libertadores são até domingo, depois pergunta para o Duilio, tivemos uma reunião hoje, é até domingo a lista da Conmebol.
Arena cheia
Falar de torcedor eu sou suspeito, já aconteceu várias vezes, participei de momentos que digo que sou iluminado, o que fizeram no Japão. No ano passado fizeram isso também. É legal abrir um treino para alguém que muitas vezes não tem condição de comprar um ingresso, deixar cada vez mais o torcedor perto da gente. Muito positivo.
Gritos eram de apoio ou pressão?
Toda vez é assim, é um grito de guerra, eles se sentem bem em cantar. Toda vez acontece, se você está bem ou mal. A gente partindo para o Japão na final de Mundial ouviu esse canto também. É bom esses novos que estão chegando saberem o que é o Corinthians.