Carille defende Avelar e diz que usará Love em ‘Corinthians mais agressivo’

Apesar da bronca do torcedor com lateral-esquerdo, técnico diz que tem gostado do rendimento e fala em evolução. Comandante analisou chegada de centroavante

imagem cameraTécnico Fábio Carille, do Corinthians (Foto: Marco Galvão/Fotoarena/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/01/2019
22:34
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Uma boa parte da torcida do Corinthians não para de pegar no pé do lateral-esquerdo Danilo Avelar, inclusive na vitória por 1 a 0 sobre a Ponte Preta neste sábado na Arena Corinthians. Mas se engana quem pensa que esse sentimento é compartilhado pelo técnico Fábio Carille. Pelo menos publicamente, o treinador defendeu fortemente o jogador e disse que ele ainda evoluirá muito no time.

- Não falo em particular com ele (Avelar) porque ele tem personalidade muito forte, e discordo que ele foi mal. Fez jogos com uma média normal, chegou muito nos outros jogos, tem uma grande força física. Com trabalho, organização de jogo, vão pensar diferente sobre o Avelar - prometeu o comandante.

Carille disse que gostou do empenho do time, mas reclamou da exposição excessiva, principalmente no segundo tempo, quando se atirou ao ataque. Ele também comentou sobre a chegada de Vagner Love e falou no atacante como uma peça muito importante. Ele pretende jogar de forma mais ofensiva quando o jogador estiver à disposição e deu a entender que a princípio será Love e mais dez.

- Quero fazer o Corinthians um pouco mais agressivo, incomodando mais o adversário. Será o Love e mais um centroavante. Sempre gostei de jogar com referência, que incomoda. Na hora do jogo ruim, poder brigar pela bola na frente. Para jogar com dois 9 fixos, como hoje, não tenho muita referência de trabalho. Mas com Love, sim, porque é muito privilegiado fisicamente, pode jogar como foi com Adriano em 2010 - analisou Fábio Carille. 

Vagner Love se desligou do Besiktas (TUR) e assinou contrato de dois anos com o Corinthians. Ele deve chegar ao Brasil neste domingo. 

Confira abaixo outros trechos da entrevista de Carille:

No segundo tempo, o time atingiu melhora esperada?
Não atingiu. Ficamos muito expostos, um risco mesmo. Algo que não trabalhei, não gosto coisa que não trabalho. Boselli teve de ficar dias no México, mas achamos que seria interessante, com Jadson organizando. A gente teve posse, mas sofremos um pouco. Foi o que o jogo mostrou, Léo Santos teve cruzamentos, coisa de última hora, Fagner foi para forçar. Mas está longe ainda do que esperamos.

A vitória deu tranquilidade?
Estamos muito tranquilos aqui, 20 dias de temporada. Ganhar sempre é bom, mas ficaria mais feliz se nosso rendimento fosse melhor. Estou buscando rendimento ainda. É início, jogadores chegando, para estrear.

Colocar Gustagol e Boselli juntos foi já prevendo a chegada do Love?
Não sei nem que dia que o Love chega ainda, não consigo pensar nisso agora. Mas minha ideia é jogar o Love, com um 9. Mas não sei quando. Falei com o Love, mas não perguntei ainda da questão física. Ele vai chegar e vai fazer tudo, aí vamos pensar em usar o Love. Se eu sei quando ele está aí, consigo projetar. Mas hoje, não.

Time para pegar o Red Bull na quarta

Quarta-feira vai para campo o que acharmos melhor. Provável que tenha mudança da base, gostei de peças individuais hoje, já conheço. Mas o que vamos colocar quarta é o que achamos que pode ser melhor para o momento.

O que mais gostou no time?
Eu sabia das dificuldades, time sem jogar, com improvisações. Perdi o Michel, coisa de uma semana, não poderia correr o risco com Fagner. Gostei do empenho, tentar fazer o que planejamos, de melhorar a volta na transição. Estou pegando no pé do Pedrinho, do Mateus, por ser participativo sem bola.

Sobre Gustagol

Já tive algumas conversas com Gustavol e a evolução dele de 2016 para hoje é absurdo. Não sei se ele chegou muito pressionado para resolver os problemas, e quis fazer coisa que não era para fazer, ele queria fazer gol de qualquer jeito. Ele mesmo se pressionou, e a gente tinha de acelerar para colocar ele em campo o quanto antes, e realmente ele não foi bem. Falei com as pessoas que trabalharam com ele, quem foi que evoluiu ele, e ele falou Hélio dos Anjos e Rogério Ceni. E queria destacar eles, a gente só critica. Estamos muito satisfeitos com ele.

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