No início da temporada, o técnico Fábio Carille planejava contar com 24 jogadores de linha e quatro goleiros no elenco profissional do Corinthians. A ideia era ter, no máximo, 30 atletas ao todo no grupo. O argumento do treinador era que o Timão não disputaria a Libertadores e, se precisasse, recorreria à base.
O elenco atual, porém, conta com 33 jogadores. Mesmo com o número maior que o previsto, Carille sofre desde a semana passada para armar os treinos. Cheio de desfalques, o treinador tem contado com pouco mais da metade do grupo nos trabalhos em campo.
Na última segunda-feira, por exemplo, até o auxiliar Fabinho atuou como zagueiro no treino. Foram 11 desfalques - Cássio, Fagner, Balbuena e Romero (disputam as Eliminatórias), Guilherme Arana, Danilo e Caique (lesão), Gabriel, Pedrinho, Marquinhos Gabriel e Léo Santos (em atividades na parte interna ou no laboratório de biomecânica) -, além de Vilson e Mantuan, que fizeram trabalhos específicos por conta de lesões passadas.
Embora tenha sofrido com os desfalques, o Corinthians não busca reforços no mercado. Há uma remota possibilidade de contratação de mais um zagueiro, pedido feito por Carille quando Vilson ainda estava longe de voltar a ficar à disposição - o defensor já até participou de jogo-treino na semana passada e pode ser opção para as próximas partidas.
Carille tem sofrido para armar os treinos e também não tem conseguido preparar a equipe titular para o clássico contra o Santos. Apesar de o Brasileirão ter parado por duas semanas para as datas Fifa, Cássio, Fagner, Balbuena e Romero voltam de suas seleções apenas na quinta-feira. Na ausência do quarteto, o treinador não deixa de esboçar a escalação e utiliza os reservas imediatos.
A expectativa é ter o time ideal no clássico. A única dúvida é na lateral esquerda, já que Guilherme Arana se recupera de lesão muscular na coxa direita e tem chances de ficar à disposição.