Carille valoriza luta do Timão e vê Júnior Urso ‘abençoado’

Técnico alvinegro lamentou recuo da equipe no segundo tempo contra a Ferroviária, mas preferiu exaltar entrega do time. Ele diz que não há favorito no duelo contra o Santos

imagem cameraMarco Galvão/Fotoarena
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/03/2019
00:15
Atualizado em 28/03/2019
12:13
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Autor do gol do Corinthians no tempo normal contra a Ferroviária, o volante Júnior Urso recebeu muitos elogios do técnico Fábio Carille. O Timão avançou à semifinal do Campeonato Paulista após eliminar a Ferroviária nos pênaltis, por 4 a 3. Durante os 90 minutos, o placar foi de 1 a 1.

- Alguns jogadores acabam nos surpreendendo na questão de vestir a camisa logo e se sentir à vontade. Nos últimos anos, o Corinthians sempre teve esse volante de chegar (no ataque). Foi com Elias, Paulinho, Maycon e, agora, quando fiquei sabendo que o Urso estava saindo do futebol chinês, entrei em contato com Emerson, Duílio, o presidente Andrés para que entrassem na briga pelo jogador, sei do potencial. Não esperava que fosse dar resultado tão rápido. Vem dos últimos anos do Corinthians de ter um jogador infiltrando, isso preenche a área. Considero o Urso abençoado, está sempre no lugar certo para terminar a jogada - elogiou o treinador, encantado com o volante.

Carille lamentou a postura do Corinthians no segundo tempo, quando a equipe, segundo ele, recuou muito diante da Ferroviária, que buscou o empate. No entanto, o treinador preferiu exaltar a luta dos jogadores em campo.

- A gente teve oportunidade de matar (o jogo), a gente agrediu. A gente sabe que é uma equipe (a Ferroviária) que gosta de ficar com a bola. Ainda quero entender por que a gente veio tanto para trás no segundo tempo. O time lutou, agora vamos para as semifinais, os quatro grandes. Vai ser bem legal - disse o técnico do Corinthians, que não vê favorito no duelo contra o Peixe.

- Clássico não tem favorito, não tem casa. Terminamos bem a primeira fase. Fizemos bons jogos contra Santos e São Paulo, fizemos algumas mudanças. A gente entra forte e buscando a passagem para a final. É difícil falar o que vai ser, mas será um grande jogo. O Santos é um time que propõe jogo - analisou.


Conversa com os jogadores antes dos pênaltis

- Eu não sou muito desse lado, sou do simples. Falar demais atrapalha. Só pedi para eles irem convictos (no pênalti), vai determinado. Não sou de falar muito, elevar a voz. Mas só de o jogador estar no Corinthians, tem que ter muita personalidade - disse o técnico.

Boa partida de Clayson

- Em 2017 eu briguei por dois jogadores: o Jadson, que estava voltando da China, e o Clayson, depois do Paulista. Já o acompanhava desde o Ituano. Nosso futebol está em falta com jogadores que quebram marcação. Se falou muito, foi um ano difícil, não só profissional, mas pessoal... O filho dele nasceu prematuro, perdeu a sogra, teve uma contusão no joelho. Desde que acertei com o Corinthians, deixei clara a minha vontade de contar com esse jogador. Tem bola parada, tem um contra um, e principalmente o um contra um está em falta em nosso país - lembrou o comandante.

Pedrinho cobrando o pênalti decisivo

- O Pedrinho eu não vejo idade, vejo aproveitamento nos treinos. Desde a preparação para o Racing a gente vem treinando (pênaltis), e é o aproveitamento dos melhores que estavam em campo. Tinha o Sornoza, com mais idade, o Henrique, que já participou de várias decisões, o Michel, mais experiente, mas é o aproveitamento da semana (para definir o último cobrador) - comentou o treinador.

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