Balbuena está em casa no Corinthians. Titular desde que chegou ao clube, no início do ano passado, o zagueiro paraguaio deixou a timidez de lado e tornou-se um dos líderes do elenco nesta temporada.
Foi Balbuena, inclusive, que criou o grupo do WhatsApp dos jogadores em janeiro. Após um ano irregular do Corinthians em 2016, a ideia era unir o elenco em busca de títulos em 2017.
Balbuena é o jogador que mais vezes usou a braçadeira de capitão do Timão nesta temporada, 14 vezes, assim como Fagner. No jogo que garantiu o título brasileiro, porém, o zagueiro teve de cumprir suspensão pelo terceiro cartão amarelo e quase perdeu o início da partida.
- Não consegui chegar antes (para dar apoio aos jogadores antes da partida). Por causa do trânsito, fiquei uma hora perto da Arena tentando entrar. Cheguei com o time já entrando em campo. Mas o importante é que o pessoal fez um bom trabalho, e conseguimos confirmar esse título - disse Balbuena, em entrevista ao LANCE!.
Balbuena contou que tem conversado com um compatriota que também foi zagueiro do Corinthians em um título brasileiro: Gamarra, que defendeu o clube em 1998 e 1999. No dia seguinte à conquista do Timão, o ex-defensor parabenizou o atual camisa 4 alvinegro.
- Ele me mandou mensagem parabenizando pelo título. Não nos falamos muito, mas às vezes conversamos por mensagens. Ele jogou aqui há muito tempo, é bom quando conversamos - afirmou Balbuena, sem especificar as dicas que recebeu de Gamarra.
Com contrato até o fim do ano que vem, Balbuena já sabe que o Corinthians quer ampliar seu vínculo por mais quatro anos. A diretoria do clube espera o empresário do jogador vir ao Brasil para negociar.
- Estou tranquilo, porque meu contrato vai até o fim do ano que vem, então tem tempo. Já teve conversas com meu empresário, e tem vontade de ambas as partes, isso que importa. Com isso, o resto fica mais fácil. O mais importante é que me sinto muito bem aqui, considero o Corinthians a minha casa. E minha família se sente bem aqui, e quando isso acontece, o jogador fica tranquilo e consegue ser mais produtivo - avaliou Balbuena.
Nesta entrevista ao LANCE!, o zagueiro contou como foi ver o título do camarote da Arena Corinthians e disse que aguarda seus familiares para o jogo contra o Atlético-MG, no próximo fim de semana, quando o Timão receberá o troféu. Confira:
Como foi ficar fora do jogo contra o Fluminense?
Foi diferente, estou mais acostumado a estar lá dentro do campo. Eu passo mais nervosismo fora, não pode fazer nada, só torcer para os companheiros fazerem um bom trabalho. Mas faz parte, levei o terceiro amarelo, acabei ficando fora, mas sabia que o pessoal ia fazer de tudo para conseguir a vitória e confirmar o título.
E como foi a comemoração?
Ficamos lá na Arena praticamente toda a noite com a família e fui para casa, já estava tarde, com tudo fechado.
Seus familiares vieram do Paraguai?
Não, só a minha esposa e meus filhos estavam aqui. Acho que contra o Atlético-MG eles vêm. Meus pais e meus irmãos têm compromissos lá no Paraguai e fica complicado. A ideia é que eles venham contra o Atlético-MG.
Imaginava que 2017 poderia ser tão bom?
A ideia é sempre ser campeão, ainda mais em um time como o Corinthians que sempre briga lá em cima. Conseguimos dois títulos marcantes neste ano. A emoção é muito grande por tudo que passamos, pelos sacrifícios que tivemos de fazer, e agora fechar o ano com o título é muito legal.
O que você acha que foi fundamental para os títulos?
O grupo tem pessoas comprometidas, todo mundo se dá bem tanto dentro quanto fora de campo. O Fábio fez um bom trabalho, todo mundo sabia o que tinha que fazer, sem mudar a forma de jogar. Todo mundo puxando para o mesmo lado. No último jogo o Giovanni fez gol, depois o Kazim... Todos que entraram fizeram um grande jogo. Esse compromisso de todo mundo foi muito importante. Mesmo quem não vinha jogando muito dava força. Esse grupo e o trabalho foram os fatores que fizeram a gente conquistar esses títulos.
E ano que vem o clubes voltará à Libertadores. Já pensou como será a disputa?
Ainda não, estamos focados nesses três jogos. Depois curtir as férias com a família, e ano que vem vamos voltar com a bateria carregada para fazer um grande ano de novo.
Ainda há motivação para jogar esses três últimos jogos do ano?
Todo mundo quer jogar. Se o Fábio perguntar para mim, vou falar que quero jogar os três. Sabemos que o Jô está brigando pela artilharia, então vamos tentar ajudá-lo a fazer mais gols.