O goleiro Cássio disse que o assistente adicional Leonardo Sigazi Zanon pediu desculpas após não dar o gol de Danilo. No lance, que aconteceu ainda no primeiro tempo do clássico entre Corinthians e São Paulo, o jogador do Timão chutou, e o goleiro Jean fez a defesa quando a bola já havia ultrapassado a linha. Os corintianos reclamaram, mas a partida seguiu.
- Foi árbitro de trás, disse que não tinha visto o lance, se desculpou. Foi um erro bem grande, não estou para julgar. Sempre fui defensor do correto. Não queria que minha equipe fosse prejudicada nem as adversárias, mas está tendo um monte de erro contra a gente, erros decisivos e importantes. A gente vinha sendo cobrado pelo desempenho, mas acho que o Corinthians foi superior o jogo todo e não conseguimos o resultado por conta desses erros de arbitragem, foi um pouco frustrante - disse Cássio.
- Conversamos coisa rápida, foi no meio do jogo. Foi o adicional que estava ali atrás. Estava concentrado no jogo. A bola entrou bastante, depois teve o pênalti, mas temos que continuar trabalhando. Deixar para a diretoria. Temos que tomar cuidado com o que falamos, porque você expressar sua opinião às vezes pode gerar uma punição. Temos que continuar trabalhando, saímos satisfeitos com o desempenho da equipe, dá confiança para as próximas cinco decisões que ainda temos - prosseguiu o goleiro, que ainda lamentou a falta de mudanças no futebol brasileiro.
- Ele falou que não tinha visto, foi no meio do segundo tempo, o adicional que errou veio conversar comigo, pediu desculpa. Somos seres humanos, vamos seguir em frente, não podemos guardar raiva. Acho que tem acontecido erros. No outro jogo não era ele, era outro árbitro e aconteceu erro também. É difícil, a gente sempre fica falando em melhorar, mas vai acabar o ano e continua a mesma coisa. Faz alguns anos que estamos batendo nessa tecla. Hoje foi um erro grande contra o Corinthians, mas muitas equipes estão reclamando. Continua a mesma coisa, falamos tanto em melhorar o futebol, a arbitragem é muito importante - concluiu.
Além dos jogadores do Corinthians, quem também reclamou da arbitragem foi o presidente Andrés Sanchez. Assim como já havia ocorrido em entrevista coletiva na última quinta-feira, o dirigente do Timão voltou a cobrar satisfações do Coronel Marinho, presidente da comissão de arbitragem da CBF.
- É a primeira vez que eu desço para o vestiário que os jogadores estavam até querendo não entrar em campo. A gente não vem fazendo um bom campeonato, mas está demais. O Corinthians já foi beneficiado e prejudicado, mas esse ano está demais. Todo mundo viu, 44 mil pessoas viram. O árbitro é incompetente e irresponsável. Mas isso é o Coronel Marinho, tem que vir falar. Tem que ir descansar, fazer outra coisa. O que eu vi hoje foi uma vergonha - disparou.
- Não é qualidade. Qualidade são seres humanos. Tem lance que não é interpretativo, em lance certo não dá para errar. Está claro (que tem má intenção). É impossível eles não terem visto a bola entrar, é impossível. A conta do campeonato é na conta do Corinthians, do nosso mal campeonato que estamos fazendo. Mas estão tendo erros absurdos. A verdade é que os clubes deviam se reunir e tirar o campeonato da CBF. Eu não vou na CBF, vou lá fazer o que. Ele (Coronel Marinho) tem que pedir desculpas em uma coletiva. Não é choro, volto a repetir, o Corinthians não está bem - acrescentou.
- Reclamação infelizmente ou felizmente é via imprensa. Fazer uma cartinha, falar... o Coronel Marinho não atende ninguém, é um cara intocável. Eu sou a favor de profissionalismo em tudo, mas não tem dinheiro para profissionalizar todos os árbitros do país por causa da lei trabalhista do país - falou Andrés.
Andrés ainda foi questionado sobre o motivo de ter sido contra a utilização do VAR nas últimas rodadas do Brasileirão. Ele voltou a explicar que não concordou com os valores propostos e com a falta de explicação durante a reunião na CBF.
- Eles não trabalham. O Corinthians é a favor do VAR, eu sou a favor. Lá o preço era 100% mais caro que Portugal. E quem explicou o VAR nem sabia os métodos. Foi por esses motivos - afirmou.