Próximo de ser anunciado pelo Corinthians, o volante Jean conta com a experiência argentina para ganhar a Fiel. O jogador, de apenas 21 anos, atuou por 20 meses nas categorias de base do Estudiantes (ARG), em 2012. Depois disso, chegou ao Paraná e subiu ao time profissional em 2014, promovido pelo técnico Claudinei Oliveira.
– A gente teve um treino com o sub-20, e o Jean me chamou atenção pela disposição e vontade dele, que são acima da média. Ele fazia até umas faltas meio bruscas. Na minha segunda passagem pelo Paraná neste ano, ele foi muito bem. Evoluiu muito, aprendeu a esperar um pouco mais antes de chegar na dividida. Ele é jovem ainda, e vai ganhando maturidade – analisa Claudinei Oliveira, que acertou quarta-feira com o Avaí, ao LANCE!.
O próprio Jean afirmou em entrevistas recentes que o tempo no futebol argentino foi fundamental para a sua carreira. Com o espírito argentino, o volante sabe como fazer a torcida corintiana não sentir falta de Bruno Henrique.
– Cada bola é a última do jogo e cada jogo é uma final. Minha principal característica é a marcação, não tem bola perdida. Sou um cara que luta o tempo inteiro – diz Jean.
Apesar da disposição dentro de campo, Jean é considerado uma pessoa tranquila fora das quatro linhas. Pelo Paraná, ele teve seu melhor momento no primeiro semestre deste ano, quando foi eleito o melhor volante do Campeonato Paranaense. Já o único problema foi no ano passado, quando foi afastado pelo técnico Fernando Diniz por conta dos carrinhos nos treinos.
Jean já passou por exames médicos e deve ser anunciado como o novo reforço do Corinthians nesta quinta-feira.
COM A PALAVRA: DANIEL PIVA, REPÓRTER DO LANCE! EM CURITIBA:
"Jean surgiu em 2014 e, desde então, chamou a atenção pela marcação, pelo vigor físico no meio de campo. Em um determinado momento da formação, ele atuou no futebol argentino, e ele tem uma marcação muito forte. Ele não perde viagem: se não rouba bola, ele faz a falta. Por conta disso, ele acaba levando muitos cartões amarelos. Esse é um ponto que ele tem evoluído, para levar menos cartões. É possível dizer que o ponto fraco dele é esse: levar muitos cartões. Nos passes, ele não é um primor, mas também tem evoluído nisso.
Fora de campo, ele é um cara tranquilo. Porém, no ano passado, ele teve um problema com o técnico Fernando Diniz. O treinador pedia para o Jean não dar carrinho nos treinos, mas não foi atendido. O jogador acabou ficando um tempo afastado, mas depois os dois falaram que já estava tudo resolvido."