Com experientes e novatos decisivos, Corinthians disputa outra final de Paulistão: ‘Todo mundo é importante’

Timão engata a quarta decisão de campeonato estadual consecutiva, mesclando peças mais acostumadas a finais, como Cássio e Gil, e outras em ascensão, como Éderson

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Neste sábado, às 16h30, no Allianz Parque, o Corinthians entra em campo para a sua quarta decisão de Paulistão consecutiva, tendo conquistado as últimas três. Contra o Palmeiras, adversário da vez, Tiago Nunes contará com uma equipe que mescla peças já consagradas e vitoriosas no clube, e outras que ainda buscam afirmação com camisa alvinegra. Todas elas, porém, em algum momento se mostraram determinantes na trajetória do time até aqui.

Apenas dois jogadores do atual elenco entraram em campo nessas quatro finais estaduais seguidas: Cássio e Fagner, aqueles que também são os maiores ganhadores de títulos deste grupo. O goleiro já levantou nove taças pelo clube e o lateral ergueu cinco. Apesar da notória importância dessa dupla, o poder de decisão não está somente nas costas dela, pelo contrário, a responsabilidade tem sido dividida tanto para os novatos quanto para os experientes.

No entanto, nomes como Cássio, Fagner, Gil, Gabriel e Jô, que têm uma história rica com a camisa alvinegra acabam sendo importantes para o processo de adaptação daqueles que chegam a esse ambiente vencedor, com espírito de equipe, acostumado a competir em alto nível e disputar finais frequentemente.

- O Corinthians é muito equipe, não tem alguém que se sobressaia, todo mundo é importante. Eu, Fagner, Gil... Ninguém tem regalia, todo mundo se respeita da mesma maneira. Quando um jogador chega e vê esse ambiente, se sente mais à vontade, mas a gente é bem franco, avisa quando o negócio não está legal e quando está bem - disse Cássio em coletiva na última sexta-feira.

Tudo isso abre espaço para que, por exemplo, um jogador como Éderson apareça na fase decisiva do Paulistão e seja essencial nas classificações até chegar na decisão. O meio-campista foi contratado em fevereiro pelo Timão, sem holofotes e de forma discreta, depois de ficar livre no mercado ao rescindir com o Cruzeiro. Até a paralisação ele havia entrado em campo por apenas 22 minutos, no empate em 1 a 1 com o Novorizontino, pelo Paulistão.

Após a parada, porém, ele foi decisivo ao marcar um gol diante do Oeste, na última rodada da fase de grupos, que selou a vaga no mata-mata. Nas quartas de final ele voltou a decidir com um gol aos 27 segundos de jogo, na vitória por 2 a 0 diante do Red Bull Bragantino e completou o serviço na semifinal contra o Mirassol, quando anotou o tento do triunfo por 1 a 0, que garantiu a final.

Há nove temporadas no clube e um dos líderes do elenco, Cássio elogiou o trabalho que Éderson vem fazendo e usou o seu exemplo para mostrar que no Timão, às vezes, o jogador que chega sem badalação tem mais sucesso do que aquele que é contratado sob aclamação. Além disso, o camisa 12 valorizou o nível de dedicação dos jovens atletas e daqueles que não tem jogado, mas que podem ter uma chance como o volante ex-cruzeirense recebeu recentemente.

- Os meninos que subiram da base são bem focados. O nível de treinamento dos jogadores que não vêm atuando é muito alto, são jogadores que sabem que têm que estar bem, pois são muitos jogos no campeonato. O Éderson vem tendo um trabalho bom, mas é tudo fruto dele, da dedicação. Creio que no Corinthians seja diferente, é uma pressão maior. Já vimos jogadores renomados que não conseguiram jogar no Corinthians e outros, sem tanta badalação que conseguiram fazer um bom trabalho. Eu sou prova disso - disse.

É com esse espírito de grupo proporcionado por Cássio, Gil, Fagner, Jô e afins, e com espaço para o surgimento de novos "heróis" como Éderson, que o Corinthians vai a campo neste sábado para enfrentar o Palmeiras, no Allianz Parque, às 16h30 em busca do tetracampeonato estadual. Caso o confronto termine novamente empatado, o título será decidido nas cobranças de pênalti.

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