O Corinthians assinou nesta sexta-feira um Termo de Ajustamento de Conduto (TAC) com o Ministério Público de São Paulo comprometendo-se a não fazer doações de dinheiro, ingressos, pagamento de transporte e hospedagem para qualquer uma de suas torcidas organizadas. Além disso, o clube se comprometeu a orientar jogadores, treinadores, comissão técnica, empregados, diretores, conselheiros, dirigentes e sócios do Clube a fazerem o mesmo.
Segundo nota publicada no site do MP, o compromisso foi firmado em decorrência de inquérito civil instaurado pela promotoria de justiça do consumidor da capital paulista "para apurar prática abusiva na comercialização de ingressos pela internet e posterior vedação de entrada". O processo refere-se à punição que o clube sofreu da Conmebol, tendo que disputar partida com portões fechados na Libertadores de 2013, por conta da morte do boliviano Kevin Espada no jogo contra o San Jose, em Oruro (BOL), na mesma edição. O jogo sem público foi contra o Millionarios, de Bogotá.
De acordo com o inquérito, clube e torcedores foram prejudicados por condutas violentas de organizados, não só no episódio da Libertadores de dois anos atrás como em outros contextos que levaram à perda de mando de campo e afastamento de "torcedores ordeiros" dos estádios.
No TAC, o Corinthians ainda assumiu o compromisso de suspender dos benefícios do "Programa Fiel Torcedor" quem se envolver em "algum ilícito civil e/ou criminal dentro de estádio ou no seu entorno". Caso o clube não siga o termo, ficará sujeito a multa de R$ 50 mil.