A Arena Corinthians está mais perto de ter um nome próprio. O clube e uma instituição financeira cujo nome é mantido em sigilo finalizam os últimos detalhes do acordo pela cessão de 20 anos dos naming rights do estádio alvinegro em Itaquera. O valor ainda é negociado, mas a pedida de mais de R$ 300 milhões por esse período de duas décadas não assustou a empresa. O interesse da instituição na Arena foi revelado pelo site Goal.com.
Além do dinheiro que será destinado direto para o Fundo de Investimentos que administra a Arena, o acordo ainda prevê um aporte financeiro para o próprio Corinthians, por meio de royalties dos produtos a serem comercializados como cartões de crédito e débito, planos de capitalização, sorteios, entre outros.
O LANCE! apurou ainda que a empresa negocia para ocupar o espaço mais nobre do uniforme da equipe. O valor pedido pelo patrocínio master giraria em torno de R$ 40 milhões por ano. A quase certeza de fechamento desse acordo, aliás, é um dos motivos que fizeram com que a negociação de renovação com a Caixa Econômica Federal ficasse estagnada nos últimos dias. Vale lembrar que esse dinheiro não estaria contabilizado na venda dos naming rights, seria extra e apenas faria parte do acordo.
Outros detalhes começam a vazar nos bastidores do Parque São Jorge, como a possibilidade da escolha do nome exato por parte da torcida pela internet (obviamente, com o nome da empresa envolvido), além da troca dos atuais setores da Arena por nomes dos produtos da instituição financeira. Ou seja, os setores Norte, Sul, Leste Inferior, Leste Superior, Oeste e Oeste VIP passariam a ser chamados por produtos ligados à empresa.
A reportagem falou com uma pessoa ligada ao presidente Roberto de Andrade, que confirmou as conversas avançadas.
- A negociação continua. Acredito que fechará mesmo, mas ainda faltam coisas.
Uma outra pessoa próxima ao mandatário do clube, ao ser questionada se o assunto estava realmente quente, respondeu:
- Não está quente, está fervendo!
Vale lembrar que o assunto naming rights já causa irritação na torcida, cansada de tantas promessas. O ex-presidente Andrés Sanchez, que já falou algumas vezes em acordo próximo, nos últimos tempos tem admito que o acerto está atrasado em ao menos dois anos. Essa instituição financeira não é a primeira a negociar com o Timão. Empresas de telefonia, automovéis e até petróleo já chegaram a abrir negociação com a diretoria, mas sem sucesso.