Corinthians cala a Bombonera e não há nada mais para analisar

Em jogo tratado como guerra, parte técnica e tática ficam em segundo plano após resultado histórico para o Timão

Escrito por

Uma partida decisiva, valendo vaga nas quartas de final do maior torneio entre clubes do continente, contra o segundo maior vencedor deste campeonato, na casa do rival. Sinceramente, não tem o que analisar técnica ou taticamente quando essa equipe sai de campo vencedora, mesmo colocando um caminhão na defesa, segurando o empate e garantindo a promoção nas penalidades.

+ Onde estão os jogadores do Timão que conquistaram a Libertadores há 10 anos

E foi isso que aconteceu com o Corinthians contra o Boca, na Bombonera, na última terça-feira (5), pelas oitavas de final da Libertadores. E tá tudo bem. E muito bem. Principalmente para a Fiel, que está feliz da vida e classificada.

O Timão tecnicamente não contava com oito jogadores para o duelo contra os Xeneixes, perdeu mais dois no decorrer da partida, terminou o jogo remendado, com improvisações, e tendo que colocar atletas ainda em formação, como Giovane, para fazer uma função além da que a sua posição pede.

+ Confira a tabela da Libertadores e simule os próximos jogos

Coube ao Corinthians, portanto, jogar o jogo que deu. E deu. Deu bom, e muito bom.

É claro que isso passou pela noite infeliz de alguns jogadores do Boca, principalmente o atacante Dario Benedetto, que além de perder um pênalti no tempo regulamentar e outro na disputa decisiva, também abusou de perder gols que não costuma.

Outros atletas importantes, como Sebastián Villa e Óscar Romero, também estiveram em noite bem abaixo.

Ainda assim, o Boca teve chances de levar a classificação, principalmente no primeiro tempo, onde os jogadores da defesa corintiana abusaram de falhas individuais. João Victor furou e espirrou pelo menos duas bolas; Raul cometeu um pênalti infantil, abrindo os braços com certa displicência, em uma disputa aérea dentro da área; e Rafael Ramos estava perdido em seu senso de marcação e cobertura, errando tudo o que tentava com a bola nos pés.

A entrada de Gil, no lugar do machucado João Victor, no fim do primeiro tempo, acabou ajustando a defesa corintiana na etapa final, que, aliada a queda técnica e física do Boca, foi muito melhor nos 45 minutos finais.

Mas no fim, de verdade, que torcedor corintiano liga se jogador deu uma pixotada ou outra que quase comprometeu, se na verdade o Timão conseguiu calar um dos maiores fantasmas da Libertadores: a Bombonera. 

Siga o Lance! no Google News