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Corinthians entrará com representação contra delegado do ‘caso Rafael Ramos’

Defesa do Timão considera 'abuso de poder' decisão do reapresentante da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre<br>

Internacional x Corinthians
imagem cameraEdenilson acusa Rafael Ramos de tê-lo chamado de macaco (Foto: Ricardo Rimoli / Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 14/06/2022
13:42
Atualizado em 14/06/2022
14:18

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O departamento jurídico do Corinthians entrará com uma representação contra o delegado Roberto Sahagoff, da Polícia Civil de Porto Alegre (RS). Ele indiciou o lateral-direito Rafael Ramos, do Timão, por injúria racial contra o meia Edenilson, do Internacional, durante confronto entre as equipes no último dia 14 de maio, pelo Campeonato Brasileiro.

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A defesa corintiana considerou a decisão como "abuso de poder". Isso porque o laudo oficial da análise dos vídeos da discussão entre os jogadores afirma ser inconclusiva a identificação de um possível ato racista do atleta do Timão ao do Colorado. A análise foi feita pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).

Além disso, o próprio Corinthians encomendou duas perícias a parte, uma em São Paulo e outra em Curitiba. Ambas concluem que Ramos disse a expressão "foda-se caralho" e não "macaco", como aponta Edenilson.

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O delegado responsável pelo caso alega que há contradições nos laudos apresentados por Rafael Ramos. A palavra da vitima teve peso fundamental para a decisão de indiciar o jogador corintiano.

O jurídico do Timão já estava em alerta quanto a decisão de Sahagof desde a última quinta-feira (9), quando o profissional deu uma declaração à SBT do Rio Grande do Sul dizendo que havia elementos para indiciar Rafael Ramos.

Mesmo com o indiciamento, uma abertura processual contra o atleta português dependerá do Ministério Público. O órgão vai analisar o parecer da Polícia Civil e decidirá se levará o caso adiante ou o arquivará por falta de provas.

No dia em que foi acusado, Rafael Ramos chegou a ser detido em flagrante e precisou pagar fiança R$ 10 mil para ser liberado. A alegação da justiça de Porto Alegre foi a súmula assinada pelo árbitro Bráulio da Silva da Machada, que relatou a acusação de Edenilson contra o lateral corintiano, mas salienta que não escutou a discussão. 

A pena para crimes de injúria racial é de um a três anos de detenção, além de pagamento de multa sem o valor estipulado. 

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