Perder um Dérbi tem sempre um gosto amargo, mas sofrer a derrota em um clássico desse tamanho quando se vive uma grande crise, é ainda pior. O Palmeiras venceu o Corinthians no Allianz Parque, por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (1°), pelo Brasileirão, e afundou ainda mais o rival na zona de rebaixamento. A crise do Timão, aliás, parece longe do fim, e liga um alerta sobre o futuro do clube.
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Algumas razões podem justificar a situação preocupante do clube paulista nesta temporada, como a grande crise interna, ataque que não vai bem e elenco curto. Confira cinco motivos que explicam a crise do Timão nesta temporada.
Referências perdidas
Ao final da temporada passada, quando o Corinthians já brigava contra o rebaixamento no Brasileirão, uma coisa estava clara: era necessário contratar peças e reformular o elenco. No entanto, o que aconteceu foi o contrário. O Timão se desfez de nomes como Róger Guedes e Renato Augusto, além de Cássio, recentemente, quando a situação já estava complicada. Além disso, a lesão de Fagner deixou o Corinthians em uma posição ainda mais escassa dentro de campo.
Crise generalizada
A nova gestão do clube, encabeçada pelo presidente Augusto Melo, herdou diversos problemas da antiga gestão, é verdade, mas outras más decisões foram tomadas atualmente, o que intensificou a crise e escancarou vários problemas internos, com dívidas e mais dívidas.
Além de perder peças como Veríssimo, que chegou a ser anunciado como o primeiro reforço da temporada, e Rodrigo Garro, que demorou a fazer sua estreia em razão de divergências no método de pagamento ao Talleres, ex-equipe do jogador, e situação do goleiro Carlos Miguel, que demonstrou desejo de sair, o time viu seu patrocinador máster rescindir o contrato e parar nos noticiários policiais.
O clube deixará de lucrar um valor milionário com o fim da parceira com a VaideBet, casa de apostas esportivas que rompeu de maneira unilateral o contrato de patrocínio máster com o clube. Isso aconteceu há menos de um mês.
Além disso, na semana passada, torcedores do Corinthians invadiram as sedes do clube para protestar contra a atual fase da equipe.
Elenco curto
Essa questão foi lembrada pelo técnico António Oliveira recentemente, quando o Corinthians empatou com o Cuiabá, na Neo Química Arena, pela 12ª rodada do Brasileirão. Segundo o próprio comandante, além das poucas peças disponíveis, ainda deu uma leve alfinetada na diretoria quando disse que "se calhar, não vamos ter aquilo que eventualmente me prometeram".
- Muitos jogadores saíram. É olhar as expectativas e ver que o grupo de jogadores se entregou. Não vou desistir dos jogadores, vou continuar acreditar, mas o elenco é demasiadamente curto. Ano passado, o Corinthians ficou atrás da equipe que jogou hoje - afirmou o treinador corintiano.
Ataque questionado
Em 19° lugar no Brasileirão com apenas nove pontos, o time só marcou nove vezes, sendo apenas cinco delas por atacantes: dois de Wesley, dois de Yuri Alberto e um de Gustavo Mosquito. O ataque do Corinthians, definitivamente, não convence. E pior: não demonstra que tem condições de tirar o time dessa situação incômoda.
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Caldeirão frio
A única vitória do Corinthians no Brasileirão aconteceu na quarta rodada, contra o Fluminense, por 3 a 0, em casa. Na ocasião, parecia que o time paulista iria reagir na competição, mas parou aí. Nem mesmo a Neo Química Arena em um dia cheio e com o time empurrado pela torcida, faz as vitórias acontecerem. O início do Corinthians já é pior que o de 2007, quando acabou rebaixado na competição nacional. Na ocasião, na 13ª rodada, o time tinha 17 pontos e ocupava a 15ª posição.