Elenco, comissão técnica e diretoria do Corinthians abraçaram a versão do lateral-direito Rafael Ramos, que nega a acusação de racismo feita pelo meia Edenilson, do Internacional, no duelo entre os times pelo Brasileirão, no último sábado (14), em Porto Alegre, que terminou empatado em 2 a 2.
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O português diz que não chamou o jogador adversário de ‘macaco’, alegando um mal entendido e afirmando que disse uma outra expressão, entendida de forma equivocada pelo atleta do Colorado.
A diretoria corintiana acionou uma equipe jurídica para cuidar do caso e questiona a decisão da justiça em Porto Alegre de ter dado voz de prisão em flagrante a Rafael Ramos, se baseando na súmula do árbitro Bráulio da Silva Machado.
O entendimento é que o documento não traz um esclarecimento da situação e que Bráulio, inclusive, admite não ter escutado as ofensas, apenas relatando as justificativas dos dois jogadores em campo.
Após a situação, Rafael Ramos se reuniu com os demais atletas corintianos e deu para eles a palavra que em nenhum momento foi racista com Edenílson ou teve a intenção.
Familiares do jogador português ficaram indignados com as acusações contra o lateral. Segundo informações apuradas pelo LANCE!, um deles até mesmo disse que se o ato de racismo de Ramos fosse comprovado, seria o primeiro a vir ao Brasil puni-lo, tamanho a confiança que a educação dada ao jogador faz com que ele não tenha cometido ato racista algum.
Rafael Ramos está digerindo a repercussão dada ao caso e tentando manter a calma, mas, também de acordo com o que foi colhido pelo L!, está bastante chateado por ter sido rotulado por algo que garante não ter feito.
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A concepção do Corinthians é que esta é uma situação de entendimentos divergentes entre as partes, e busca respaldo jurídico para sustentar essa opinião. Ainda assim, para deixar Porto Alegre, o jogador precisou pagar uma fiança de 10 mil reais.
Paralelamente a isso, a Gaviões da Fiel, principal torcida uniformizada corintiana, trouxe a Buenos Aires, onde o time encara o Boca Juniors, nesta terça-feira (17), pela Libertadores, uma faixa grande de repudio ao racismo, que vai além do ‘caso Rafael Ramos’, mas se trata de uma resposta ao torcedor do clube argentino flagrado fazendo gestos racistas na arquibancada da Neo Química Arena, no encontro entre os times, no último dia 26 de abril.
Na ocasião, o argentino foi levado até o Dope-SP, mas não foi detido e teve o pagamento da fiança pago pelo Consulado Argentino em São Paulo, que nega. O torcedor do Boca foi liberado na manhã seguinte ao jogo, regressou a argentina e minutos após a sua liberação posou para uma foto com um amigo que fez ‘pouco caso’ e debochou do ocorrido no estádio corintiano.