Corinthians: veja qual deve ser a pena de detidos por atirarem cabeça de porco

Nas redes sociais, o mentor da ação pediu ajuda jurídica a outros torcedores

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Três torcedores serão responsabilizados por lançarem uma cabeça de porco durante o duelo entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, realizado na segunda-feira (4). Dois deles estiveram no Juizado Especial Criminal (Jecrim) para prestarem depoimento após o jogo e foram liberados. O terceiro suspeito foi encontrado após ter confessado a autoria nas redes sociais.

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O caso está sendo investigado pelo Drade (6ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), órgão da Polícia Civil de São Paulo. Os envolvidos podem pegar até dois anos de prisão, além de proibição nos estádios por um máximo três anos.

Um dos mentores do ato foi Rafael Modilhane, apelidado de “Cicatriz”. Nas redes sociais, ele publicou o momento em que comprou a cabeça do porco no Mercado Municipal de São Paulo, localizado no centro da capital paulista.

Identificado nas redes sociais, o homem usou a plataforma para pedir auxílio jurídico a outros torcedores.

- Preciso de três advogados para logo de manhã. Aparece meus anjos da guarda - escreveu Rafael na noite desta terça-feira (5).

O homem prestou depoimento ao DRADE nesta quarta-feira (6) e responde em liberdade. Os outros dois torcedores ainda não foram identificados.

Com mais de 37 mil seguidores nas redes sociais, Rafael aproveita a plataforma para falar sobre o ato ocorrido no Dérbi com orgulho. O homem revelou que a ideia de lançar uma cabeça de porco no gramado surgiu em conversa entre amigos na manhã do jogo.

- Na hora que acordei, troquei mensagens com amigos, eram mil dias sem ganhar um clássico contra o Palmeiras. Nós pensamos: 'Que tal comprar uma cabeça de proco, tirar foto na frente do estádio?' - disse ele em entrevista ao canal “Fé Corinthiana”.

Torcedor gravou vídeo comprando a cabeça do porco (Foto: Reprodução/Instagram)

O que diz a lei?

Os três suspeitos vão responder pelo crime de "Provocação de Tumulto" previsto na Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023).

Enquadrado no artigo 201, o crime ocorre quando uma pessoa provoca desordem em eventos esportivos, nas proximidades ou no próprio local da partida. Isso inclui atos que instiguem conflitos entre torcedores, perturbem a paz ou comprometam a segurança dos presentes.

Os autores do arremesso podem ser condenados a até dois anos de reclusão e proibidos de frequentar praças esportivas por até três anos. A gravidade da pena poderá variar conforme os antecedentes dos envolvidos.

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Corinthians colabora com a investigação

César Saad, o investigador do caso, revelou que o Corinthians está ajudando na apuração dos fatos. O clube enviou imagens de câmeras de segurança da Neo Química Arena.

- A polícia já requisitou as imagens para o Corinthians, e o departamento jurídico do clube já fez contato com a delegacia para que eles disponibilizem o máximo de imagens possíveis, para que a gente possa identificar se isso foi facilitado por um prestador de serviço que já estava lá dentro do estádio, ou de que forma que isso entrou. Esse é o próximo passo da investigação - disse a autoridade em entrevista à "CNN".

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