A defesa do atacante Jô ainda não vê como encerrada o caso em que o Nagoya Grampus, do Japão, cobra uma multa pela saída do atleta do clube, em 2020. Nos últimos dias o jogador foi condenado a pagar aos japoneses 2,6 milhões de dólares (R$ 13,3 mi, na cotação atual). O Corinthians também condenado, considerado solidário ao atleta na ocasião.
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Mesmo a situação tendo sido julgada na Corte Arbitral do Esporte (CAS), uma espécie de Supremo em situações esportivas, a defesa de Jô analisa a possibilidade de uma apelação ser levada ao Tribunal Federal da Suíça.
A parte que responde pelao atacante também está em contato também com os representantes jurídicos do Timão.
Com o julgamento no CAS, Jô é o primeiro responsável pelo pagamento ao Nagoya, mas caso isso não ocorra a responsabilidade passa a ser do clube alvinegro.
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O atacante brasileiro deixou o Japão sem a autorização da equipe asiática em fevereiro de 2020, após os primeiros indícios que o surto de Covid-19 se tornaria uma pandemia. Pouco tempo depois, o Nagoya suspendeu os pagamentos do atleta, posteriormente rescindindo o contrato com alegação de abandono de emprego, que configura como justa causa.
A justificativa do atacante para o retorno ao Brasil sem o aval da direção do clube japonês é que os filhos dele estavam em território brasileiro e existia o temor do fechamento das fronteiras.
Em julho daquele ano, o Corinthians acertou o retorno de Jô, se tornando parte solidária ao jogador no caso.
O tempo para que o valor com o Nagoya Grampus seja acertado é de 45 dias, com o Timão correndo o risco de ser banido na Fifa de realizar contratações caso o acerto não seja cumprido. Há a possibilidade de acordo que envolva ativos do clube, como jogadores a serem cedidos aos japoneses.
As partes condenadas conversam entre si para saber como realizará o pagamento, caso não haja possibilidade de apelação.
Essa derrota judicial não estava prevista no programa financeiro corintiano para esse trimestre e pode prejudicar o fluxo de caixa do clube.
No entanto, na semana passada Jô pediu a rescisão do seu contrato com o Corinthians, após ser flagrado tocando pagode em um bar de São Paulo, enquanto o clube alvinegro jogava e perdia para o Cuiabá, no Mato Grosso, pelo Campeonato Brasileiro.
O atleta abriu mão dos salários que teria direito até o fim do contrato, em dezembro do ano que vem, o que representa uma economia superior a R$ 10 milhões ao Timão.