A eliminação precoce do Corinthians na Copa Libertadores representa um problema grande para o clube do Parque São Jorge e que não diz respeito apenas ao âmbito esportivo. Com a queda para o Guaraní-PAR, o Timão deixa de arrecadar algo em torno de R$ 20 milhões previstos em seu planejamento financeiro para esta temporada. Isso sem contar a renda com bilheteria e outras receitas vindas de sua exposição de marca.
A diretoria do Corinthians acreditava que o time chegaria, no mínimo, na fase de oitavas de final da Copa Libertadores. Se batesse sua meta, o Timão receberia como premiação da Conmebol exatos 4,55 milhões de dólares, o equivalente a R$ 19,73 milhões na cotação atual. A bolada certamente fará falta ao Alvinegro em 2020, ainda mais pelo fato que o clube fechou o primeiro semestre do ano passado com déficit de quase R$ 95 milhões.
Com a projeção de avanço do Corinthians na Copa Libertadores, a diretoria ainda esperava outras receitas, como a venda de camisas, venda de espaços publicitários nas mais diversas propriedades do clube (CT Joaquim Grava, Arena Corinthians, camisas de jogo, redes sociais), novos patrocínios e, claro, bilheteria - que é totalmente destinada ao fundo de pagamento ao empréstimo para a construção da arena. Apenas no jogo contra o Guaraní, a venda de ingressos registrou a soma de R$ 2.225.657,34.
- A gente agora não pensa no dinheiro, pensa na parte técnica, na dor do torcedor, na nossa dor de ser desclassificado na Pré-Libertadores. Vem a tiração de sarro, essas coisas que fazem parte do futebol. Torcedor mostrou que é diferente de todos e aplaudiu o time - afirmou o presidente Andrés Sanchez na saída da Arena Corinthians.
No vermelho e fora da disputa da Copa Libertadores, o Corinthians corre atrás de alternativas para alcançar seus objetivos esportivos e também financeiros. Em 2020, o time ainda tem pela frente as disputas do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.