Maior vencedor da história da competição com dez títulos, o Corinthians deu adeus nesta teça-feira ao sonho do bicampeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em Araraquara, na Fonte Luminosa, o Timãozinho voltou a jogar mal e foi facilmente superado pelo Avaí, que venceu por 2 a 0 e avançou às quartas de final do torneio. Encara o Flamengo, na próxima quinta-feira.
Além da eliminação, o Corinthians teve quebrada uma série de 31 jogos sem perder na Copa São Paulo. O último tropeço havia sido na final de 2014, derrota de 2 a 1 para o Santos. De lá para cá, eram 28 vitória e três empates, com dois títulos e um vice-campeonato.
A partida do Corinthians foi a tônica da participação do time na competição. Bem abaixo de sua tradição. Com pouca criatividade e por vezes sonolento em campo, o Timãozinho esbarrou no ótimo sistema defensivo do Avaí, que em nenhum momento se viu em apuros no jogo. Ao contrário. Saía para o ataque com desenvoltura e assustava nos contra-golpes.
O primeiro gol do Avaí saiu aos 27 minutos do primeiro tempo, com Rael. Ele cobrou pênalti cometido por Lucas Minele em Caio Paulista. Novidade na escalação do Corinthians depois de acompanhar o profissional na Florida Cup, o goleiro Filipe ainda chegou na bola, mas não evitou o gol.
A diferença no placar e a atuação apática do time irritou o técnico Dyego Coelho. No intervalo, o comandante do Corinthians fez mudanças e disse que esperava outra atitude, pois achava que os jogadores estavam muito desligados para quem disputava um jogo decisivo. Ele estava certo.
O lance do segundo gol, que fechou o caixão corintiano, foi emblemático. Uma das principais apostas do Corinthians, o atacante Rafael Bilu tentou recuar a bola para a zaga, mas calculou mal o lance e acabou entregando para o ataque Alisson, do Avaí. O camisa 9 ganhou na velocidade e seguiu em disparada ao gol. Ainda driblou o goleiro Filipe antes de bater alto e decretar a classificação dos catarinenses.
O Corinthians tampouco teve força para reagir e incomodar o Avaí. Pouco incomodou após sofrer o baque. Sinal da apatia de um time que nunca convenceu na competição, mas possui bons valores, casos por exemplo do lateral-esquerdo Carlos, o volante e capitão Renan Areias, o meia Fabrício Oya,, que se mostrou inoperante na decisão, e o próprio Bilu, apesar do erro determinante.