Documento apresentado ao Conselho do Corinthians prevê déficit milionário neste ano

Timão pode ter déficit milionário ao final do ano

imagem cameraAugusto Melo é o atual presidente do Corinthians(Foto: Fabio Giannelli/AGIF)
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Ulisses Lopresti
São Paulo (SP)
Dia 06/12/2024
17:13
Atualizado em 06/12/2024
17:44
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O planejamento orçamentário do Corinthians, apresentado aos conselheiros, prevê um déficit de R$ 237 milhões ao final deste ano. O documento foi distribuído nesta sexta-feira (6) e projeta as contas do clube para a próxima temporada.

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Em março, a diretoria do Corinthians havia estimado um superávit de R$ 17 milhões para o fechamento de 2024. A diferença entre a previsão e a realidade resulta em um prejuízo de R$ 255 milhões, o que representa uma queda de 29% em relação ao planejamento inicial. Os dados foram noticiados pelo "Ge" e confirmados pelo LANCE!

Neste ano, o clube teve quatro despesas que não estavam presentes nos gastos do ano anterior, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves: R$ 37 milhões com despesas relacionadas a jogos; R$ 40 milhões em despesas financeiras, sem maiores especificações; R$ 32 milhões com o Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro); e R$ 140 milhões devido a uma mudança na regra contábil para a formação de atletas. Em 2023, o Timão fechou o ano com um superávit de R$ 1,2 milhão.

Mandato de Augusto Melo vai até 2026 (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Nota oficial do Corinthians

Através de seu site oficial, a diretoria do Timão disparou um comunicado confirmando a veracidade do documento, mas negando que os números representem um 'rombo' nas contas do clube. O Corinthians explicou que os números ainda serão analisados por órgãos internos do clube.

Na nota, o Corinthians justifica que houve dois grandes ajustes contábeis nas contas desta temporada: uma revisão na dívida tributária na qual o clube reconheceu dívidas de anos anteriores nas esferas municipais e federais, além da mudança na contabilização do custo da formação de atletas.

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Até 2023, o Corinthians e outros clubes contabilizavam os custos relacionados à formação de atletas da base (como treinamento e infraestrutura) como um "ativo", ou seja, consideravam esse gasto como um investimento para o futuro. Isso significava que esses custos não eram considerados como despesas imediatas, mas sim como valores que poderiam trazer retorno financeiro no futuro.

A partir deste ano, os clubes começaram a registrar esses custos de formação de atletas diretamente como despesas, e não mais como ativos no balanço. Portanto, o Corinthians precisou registrar todo o valor acumulado desses custos nos anos anteriores como despesa em neste ano.

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