A negociação entre Corinthians e o Zenit, da Rússia, envolvendo a venda do atacante Pedro ao clube europeu abriu uma forte onda de protestos e questionamentos à diretoria corintiana. A revelação foi negociada por 9 milhões de euros (R$ 47 milhões, na cotação atual), que serão pagos em três parcelas, valor amplamente inferior aos 120 milhões de euros (R$ 627,8 milhões, na cotação atual) da multa rescisória do atleta.
Porém, o negócio do Timão com a equipe russa não foi o primeiro. Desde o ano passado, as duas equipes têm construído um histórico de tratativas. A primeira foi por conta do interesse corintiano no empréstimo do atacante Yuri Alberto, que havia chegado no Zenit no início daquela temporada, comprado por 25 milhões de euros (R$ 130,6 mi, na cotação atual).
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Por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, no leste europeu, Yuri decidiu que gostaria de voltar ao Brasil e foi acolhido pelo Corinthians, que, para ter o jogador emprestado até junho de 2023, cedeu o goleiro Ivan e o atacante Gustavo Mantuan, pelo mesmo período.
Frente às boas atuações de Yuri no ano passado, o Timão optou por negociar a compra em definitivo do atleta no início desta temporada. Com uma grande dívida, que ultrapassa R$ 900 milhões, e pouco dinheiro em caixa, a alternativa encontrada pela direção corintiana foi ceder o direito econômico de alguns atletas.
Foram repassados 55% dos direitos do zagueiro Robert Renan e 90% do volante Du Queiroz. No caso de Robert, os clube alvinegro seguem com 11% dos direitos, no qual parte era do Novorizontino, e os russos compraram os 25% que eram do estafe do jogador. Além disso, o goleiro Ivan foi devolvido antes do período previsto em contrato, sendo emprestado novamente, desta vez ao Vasco, mas com o Zenit tendo direito a 10% do valor caso ele seja comprado em definitivo pelo clube carioca no fim do ano. Os russos também ficaram com a preferência em relação a Pedro, mas nem precisou usar, já que foi a única equipe que apresentou proposta ao jogador.
Em um segundo momento, Mantuan, emprestado pelo Corinthians ao Zenit, na ‘primeira rodada’ de negociação entre os clubes, foi vendido definitivamente aos russos no último dia 23 de junho por 2 milhões de euros (R$ 10,4 milhões, na cotação atual), cedendo 40% dos direitos econômicos ao clube europeu e mantendo 40% - os 20% restantes pertencem ao próprio atleta. O valor da venda representou somente a metade do que estava pré-fixado no empréstimo, que era 10 milhões de euros (R$ 52,3 milhões, na cotação atual) por 80% do ‘passe’ do atleta.
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O Corinthians tem usado a plataforma ‘Transfermarkt’ como balizador do valor de mercado dos atletas envolvidos nos negócios. Nela, Yuri é avaliado em 18 milhões de euros (R$ 94,1 milhões, na cotação atual), enquanto Robert Renan e Du Queiroz, que tiveram os direitos repassados ao Zenit, têm preço previsto em 9 e 6 milhões de euros (R$ 47,1 e 31,4 milhões, na cotação atual), respectivamente.
Assim, o Timão considera que arrecadou mais do que os 11 milhões de euros (R$) referentes às vendas de Mantuan e Pedro, pois tem Yuri Alberto como ativo. Mesmo em má fase desde o início do ano, Yuri tem tido frequentes sondagens do mundo árabe, mas não é do interesse do jogador se transferir para esse mercado. Os corintianos não consideram o atleta inegociável, principalmente frente à má fase vivida por ele, mas só aceitariam vendê-lo por, no mínimo, 40 milhões de euros (R$ 209,3 milhões, na cotação atual). O contrato de Yuri com o clube alvinegro vai até dezembro de 2027.
A informação sobre o interesse do Oriente Médio pelo jogador, bem como o valor de venda definido pelo Timão ao atacante foram publicados inicialmente pela ‘Gazeta Esportiva’ e confirmados pelo Lance!.