Dois salgados e um refresco? Entenda quem saiu ganhando nas negociações entre Corinthians e Zenit

Para o Timão, a margem entre os ativos que possui e os valores recebidos não indicam que o clube alvinegro saiu perdendo nas operações com os russos

imagem cameraTorcida corintiana protestou na última quarta-feira (29) contra as vendas recentes feitas pelo clube (Foto: Gustavo Motta/Pera Photo Press/Gazeta Press)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/07/2023
16:18
Atualizado em 03/07/2023
16:30
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A negociação entre Corinthians e o Zenit, da Rússia, envolvendo a venda do atacante Pedro ao clube europeu abriu uma forte onda de protestos e questionamentos à diretoria corintiana. A revelação foi negociada por 9 milhões de euros (R$ 47 milhões, na cotação atual), que serão pagos em três parcelas, valor amplamente inferior aos 120 milhões de euros (R$ 627,8 milhões, na cotação atual) da multa rescisória do atleta. 

Porém, o negócio do Timão com a equipe russa não foi o primeiro. Desde o ano passado, as duas equipes têm construído um histórico de tratativas. A primeira foi por conta do interesse corintiano no empréstimo do atacante Yuri Alberto, que havia chegado no Zenit no início daquela temporada, comprado por 25 milhões de euros (R$ 130,6 mi, na cotação atual). 

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Por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, no leste europeu, Yuri decidiu que gostaria de voltar ao Brasil e foi acolhido pelo Corinthians, que, para ter o jogador emprestado até junho de 2023, cedeu o goleiro Ivan e o atacante Gustavo Mantuan, pelo mesmo período. 

Venda de Pedro (foto) foi o estopim para reclamções da torcida corintiana contra vendas (Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians)

Frente às boas atuações de Yuri no ano passado, o Timão optou por negociar a compra em definitivo do atleta no início desta temporada. Com uma grande dívida, que ultrapassa R$ 900 milhões, e pouco dinheiro em caixa, a alternativa encontrada pela direção corintiana foi ceder o direito econômico de alguns atletas. 

Foram repassados 55% dos direitos do zagueiro Robert Renan e 90% do volante Du Queiroz. No caso de Robert, os clube alvinegro seguem com 11% dos direitos, no qual parte era do Novorizontino, e os russos compraram os 25% que eram do estafe do jogador. Além disso, o goleiro Ivan foi devolvido antes do período previsto em contrato, sendo emprestado novamente, desta vez ao Vasco, mas com o Zenit tendo direito a 10% do valor caso ele seja comprado em definitivo pelo clube carioca no fim do ano. Os russos também ficaram com a preferência em relação a Pedro, mas nem precisou usar, já que foi a única equipe que apresentou proposta ao jogador. 

Crias da base corintiana, Robert Renan e Du Queiroz (foto) agora jogam juntos pelo Zenit, da Rússia (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)

Em um segundo momento, Mantuan, emprestado pelo Corinthians ao Zenit, na ‘primeira rodada’ de negociação entre os clubes, foi vendido definitivamente aos russos no último dia 23 de junho por 2 milhões de euros (R$ 10,4 milhões, na cotação atual), cedendo 40% dos direitos econômicos ao clube europeu e mantendo 40% - os 20% restantes pertencem ao próprio atleta. O valor da venda representou somente a metade do que estava pré-fixado no empréstimo, que era 10 milhões de euros (R$ 52,3 milhões, na cotação atual) por 80% do ‘passe’ do atleta. 

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O Corinthians tem usado a plataforma ‘Transfermarkt’ como balizador do valor de mercado dos atletas envolvidos nos negócios. Nela, Yuri é avaliado em 18 milhões de euros (R$ 94,1 milhões, na cotação atual), enquanto Robert Renan e Du Queiroz, que tiveram os direitos repassados ao Zenit, têm preço previsto em 9 e 6 milhões de euros (R$ 47,1 e 31,4 milhões, na cotação atual), respectivamente. 

Assim, o Timão considera que arrecadou mais do que os 11 milhões de euros (R$) referentes às vendas de Mantuan e Pedro, pois tem Yuri Alberto como ativo. Mesmo em má fase desde o início do ano, Yuri tem tido frequentes sondagens do mundo árabe, mas não é do interesse do jogador se transferir para esse mercado. Os corintianos não consideram o atleta inegociável, principalmente frente à má fase vivida por ele, mas só aceitariam vendê-lo por, no mínimo, 40 milhões de euros (R$ 209,3 milhões, na cotação atual). O contrato de Yuri com o clube alvinegro vai até dezembro de 2027. 

A informação sobre o interesse do Oriente Médio pelo jogador, bem como o valor de venda definido pelo Timão ao atacante foram publicados inicialmente pela ‘Gazeta Esportiva’ e confirmados pelo Lance!. 

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