O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, admitiu que tinha o sonho de contratar o técnico Tite para o comando do clube para a próxima temporada. No entanto, o retorno dado pelo treinador é que ele gostaria de um tempo após o Mundial e não assumiria trabalho algum no Brasil após a Copa do Mundo em que comandou a Seleção Brasileira.
- Eu não nego para ninguém que tem um cara que eu gostaria de trabalhar, que eu trabalhei, que é o Tite. Tite vem deixando muito claro publicamente a todos que o procuraram no pré-Copa que ele não está pensando em trabalhar no Brasil, trabalhar fora ou parar. Não seguiu nenhuma conversa. Esse nome, sim, nos interessaria - afirmou Duílio em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (14), data da reapresentação do elenco corintiano para a temporada de 2023.
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O contato teria acontecido meses antes da disputa da Copa do Mundo. A direção corintiana aproveitou a boa relação que possui com o treinador da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Qatar. A informação foi antecipada pelo LANCE!, no início de novembro.
Com a negativa de Tite, Duílio garantiu que não pensou em outro nome a não ser Fernando Lázaro, então auxiliar-técnico, e que foi efetivado para assumir o Timão em 2023.
- Muito se falou do Fernando (Lázaro) ser um cara da casa, amigo, que o elenco vai fazer o que quiser. Fernando tem mais de 20 anos de Corinthians e carreira, foi crescendo no clube e na profissão, foi auxiliar de grandes treinadores aqui: Mano, Tite, Vítor, Sylvio, passou pela Seleção Brasileira, construiu a carreira com estudo, conhecimento e trabalho. Todos nós tivemos oportunidades para chegar até onde chegamos, alguém acreditou. É motivo de orgulho ter alguém aqui dentro que podemos acreditar - destacou o presidente corintiano.
Além de Fernando Lázaro, estão confirmados para a comissão técnica corintiana no ano que vem os auxiliares Thiago Larghi e Luciano Dias. Rodrigo Santana assumiria, mas a contratação foi vetada no dia seguinte ao anúncio do clube, por conta de posturas antidemocráticas do profissional através das redes sociais, e Luciano foi o escolhido para o lugar.
Duílio Monteiro Alves deixou claro que o Corinthians não contratará ou deixará de contratar profissional algum por questões de posicionamento político, mas reforçou a luta corintiana pela democracia e que as manifestações de Santana feriam esse princípio, já que defendia golpe militar.
- O Corinthians jamais vai deixar de contratar um profissional por escolhas A, B ou C. O que a gente tem muito claro, neste caso, é que o que estava sendo defendido pelo profissional era um golpe militar, o fim da democracia, e isso a gente tem a opção de contratar ou não, a nossa opção foi não contratar. Não tem problema nenhum ele defender isso e quer continuar defendendo, é um direito dele, que a democracia permite. O Corinthians optou por não trazer esse profissional, não pela escolha política, mas sim por estar defendendo um golpe, e também porque isso traria um problema diário para a comissão técnica que está começando, para o dia a dia do clube, a gente não quer começar com questionamentos - pontuou Monteiro Alves.
O Corinthians vai estrear na temporada de 2023 no dia 15 de janeiro, contra o Red Bull Bragantino, fora de casa.