Jô encaminha rescisão no Japão, mas Corinthians pode ter concorrência
Atacante está próximo de acertar seu desligamento do Nagoya Grampus antes do término do vínculo, no entanto destino pode não ser o Timão, como estava sendo desenhado
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Após declarações de amor e interesse de ambos os lados, a novela da volta de Jô ao Corinthians ganhou mais um capítulo, mas o desfecho da história pode não ser aquele traçado em seu início. Isso porque o atacante conseguiu encaminhar sua rescisão no Japão a fim de ficar livre no mercado. Acontece que o destino dele pode não ser o retorno ao Brasil, mas sim ao Oriente Médio.
O jogador tem vínculo com o Nagoya Grampus-JAP até dezembro deste ano, mas ambas as partes buscam uma forma de rescindir o contrato antes de seu término. Os japoneses, a fim de cortar custos, podem abrir mão de uma peça do elenco que perdeu espaço nos últimos tempos. Enquanto o atacante, por sua vez, quer jogar mais e entende que precisa mudar de clube para isso.
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Como já foi expressado de forma pública pelo presidente Andrés Sanchez, e pelo diretor de futebol Duílio Monteiro Alves, o Corinthians tem interesse na contratação de Jô, assim que ele se livrar do contrato no Japão, uma vez que os dirigentes corintianos não estão dispostos a pagar qualquer valor para "ajudar" no rompimento com o time asiático, principalmente em meio à crise financeira.
Mas o Timão não é o único interessado em Jô, já que o futebol do Oriente Médio tende a ser um concorrente forte para impedir o sonho da Fiel torcida, que é ver o atacante de volta. O jogador e seus procuradores entendem que buscar uma oportunidade em um mercado que propõe altos salários e não deve enfrentar crises, pode ser uma forma de estabelecer o último grande contrato da carreira do atleta. Principalmente pela desvalorização do real.
Jô já atuou na região defendendo as cores do Al Shabab, dos Emirados Árabes Unidos, entre 2015 e 2016 e foi muito bem. Em 19 jogos oficiais, marcou 16 gols. O bom retrospecto no continente, e o currículo do jogador com passagens por Manchester City, Seleção Brasileira e títulos na Rússia e no Atlético-MG, seria muito atraente para os dirigentes locais, dispostos a fazer o investimento.
Por parte do Corinthians, há o entendimento de que se houver um leilão para contar com o jogador, mesmo que sem custos, o valor das luvas e dos salários atingiriam um patamar que o clube não conseguiria cobrir. Vale lembrar que o balanço de 2019 foi fechado com um déficit de R$ 177 milhões e para este ano a situação tende a piorar por conta da pandemia de coronavírus.
Em entrevista recente, para a ESPN, Jô declarou que com uma boa conversa entre as partes tudo se encaixa e que o salário não seria empecilho para uma possível volta. É baseado nisso que o Timão se mantém otimista para o retorno do centroavante, e tem ciência de que não há pressa para tomar decisões, pois o futebol brasileiro está paralisado e no Oriente Médio a temporada atual ainda irá retornar para seu término, e as contratações devem ficar para depois.
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