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Entenda a estratégia do Corinthians para pagar Paulinho mesmo sem o repasse da Taunsa

Clube inseriou o meia na folha salarial, mesmo com a empresa parceira tendo se comprometido a arcar com os vencimentos

Paulinho - Corinthians
imagem cameraDesde a sua volta ao Corinthians, Paulinho jogou 12 partidas e marcou três gols (Foto: Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/03/2022
19:55
Atualizado em 22/03/2022
07:00

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Para arcar com compromisso com o meia Paulinho mesmo com o atraso no repasse financeiro do Grupo Taunsa, parceira corintiana que se comprometeu a pagar o salário do jogador, o Corinthians precisou de uma estratégia adotada desde o ano passado em sua folha de pagamentos.

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Desde o segundo semestre, quando o meia Willian foi contratado com o auxílio da empresa Sócios.com, o atleta foi mantido no balanço salarial geral do elenco, e não incluso em uma categoria a parte que dependesse estritamente do repasse da empresa para que o vencimento fosse cumprido. A mesma coisa foi feita a partir de janeiro com Paulinho.

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Por sua vez, o pagamento das entidades parcerias eram registrados como entrada, sendo agregada no caixa geral do clube.

E a atitude da diretoria corintiana foi feita justamente para evitar problemas de repasse aos jogadores, já que em casos de atrasos e/ou ausências de pagamentos, como aconteceu com a Taunsa, o Timão seguiria pagando os seus atletas normalmente, ficando, por sua vez, com registro de entrada financeira inferior no período em questão.

Para que essa estratégia fosse tomada, o Corinthians precisou de um estudo que concluísse uma previsão orçamentária de superavit para 2022. Com isso, o clube do Parque São Jorge tem capacidade de assumir os salários de Paulinho e Willian mesmo se os parceiros não arquem com os seus compromissos. No entanto, se o clube precisar arcar com os vencimentos da dupla terá cada vez menos margem de sucesso financeiro nos registros finais da temporada.

A atual administração corintiana, que tem o presidente Duílio Monteiro Alves à frente, desde o início do ano passado, assumiu o Timão com cerca de R$ 1 bilhão em dívidas, sendo mais de R$ 500 mil a curto prazo, e até o momento esse déficit não teve diminuição.

Após um primeiro semestre de gestão sem contratar jogadores e estancando ao máximo os cofres do clube, com uma política de austeridade financeira, a partir do segundo semestre de 2021 o Corinthians passou a investir em atletas de peso, que elevaram a parte técnica do time, como Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian, fechando com Paulinho já ao fim da temporada esportiva, para ser agregado ao elenco neste ano.

Essas contratações de peso fizeram com que o clube alvinegro aumentasse o teto salarial da sua folha, que era menor que R$ 1 milhão mensais e agora se aproxima a R$ 1,5 milhão.

Para compensar, o Timão negociou e emprestou atletas fora dos planos e até mesmo ativos que vinham tendo uma regularidade, mas não eram vistos como prioridade no elenco, como mais recentemente o meia-atacante Gabriel Pereira, que foi vendido ao Grupo City.

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