A diretoria eleita do Corinthians foi pega de surpresa com a possibilidade do meia paraguaio Matías Rojas acionar o clube na Fifa pedindo a rescisão unilateral do contrato por conta de dívidas referentes aos direitos de imagem. Augusto Melo e a sua equipe sabia que haviam valores em abertos com alguns atletas, mas receberam há alguns dias a informação da atual diretoria que essas pendências seriam resolvidas antes da “passagem do bastão”.
Como o problema ganhou uma proporção maior do que a esperada, pessoas que integram a equipe de Melo passaram a dar uma atenção maior para auxiliar na resolução desse problema para que ele não cresça a ponto de se tornar uma disputa jurídica e que até mesmo o clube perca de graça o jogador.
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O Timão espera resolver parte dessas pendências com o valor a ser pago pela CBF referente a premiação do Campeonato Brasileiro. Como terminou na 13ª colocação, o clube do Parque São Jorge tem o direito de receber R$ 17,6 milhões. A quantia não é suficiente para quitar as dívidas, não só com Matías Rojas, mas com outras atletas, como Cássio, Fagner e até mesmo outros que não tiveram os seus contratos renovados, como Gil e Renato Augusto.
Outra forma que o Corinthians espera utilizar para resolver os débitos é a antecipação dos valores referentes a venda do zagueiro Murillo ao Nottingham Forest, da Inglaterra, que aconteceu em agosto. O acordo costurado foi para que o pagamento de 12 milhões de euros fixos fosse feito em três parcelas – a primeira no ato da compra, a segunda em março de 2024 e a terceira em dezembro de 2024.
A ideia, portanto, é antecipar os valores a serem recebidos através de uma instituição financeira, que teria as parcelas futuras como garantias e também cobraria juros. O clube inglês já foi comunicado de que o Timão pretende fazer esse movimento e tem colaborado com isso, restando apenas alguns trâmites burocráticos para a operação ser finalizada. Porém, ainda não se sabe se isso acontecerá ainda em 2023 ou somente na virada do ano.
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A informação da estratégia financeira foi publicada inicialmente pelo “Meu Timão” e confirmada pelo Lance!.
Se o dinheiro referente a antecipação cair nas contas do Corinthians em janeiro, a responsabilidade de quitar essas pendências será da nova administração, que toma posse no dia 2. Até por estarem cientes disso que a cúpula que cerca Augusto Melo tem acompanhado de perto essa situação há, pelo menos, uma semana.
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Rozallah Santoro, que será o responsável financeiro da equipe alvinegra durante a gestão de Melo, é quem mais está por dentro do problema e internamente já assumiu o compromisso de resolver essas questões nas primeiras semanas da nova gestão.
ALTERNATIVA REMOTA
Uma possibilidade remota, mas que é considerada pela nova administração corintiana é envolver os valores referentes à dívida com Matías Rojas em uma eventual negociação.
Como contratou o atleta sem custos de transferência, já que ele estava em fim de contrato com o Racing, da Argentina, o Corinthians pagou somente as luvas e comissões para fechar o negócio, o que custou 1,8 milhão de dólares (R$ 8,7 milhões, na cotação da época).
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Como Matías Rojas ainda não rendeu o esperado pelos corintianos em campo, uma oferta pelo valor superior ao investido pela contratação e que também quite a pendência em imagem, que gira em torno dos R$ 5 milhões, seria considerada.
O problema é que nenhum time ainda demonstrou interesse em negociar com o Timão a contratação do jogador. O único que sondou o atleta, mas através do estafe do profissional, foi o Boca Juniors. O clube argentino, no entanto, só faria uma investida no caso do meia rescindir o vínculo com o Corinthians.