Depois de ter sua segunda recusa em menos de 48 horas, o Corinthians segue em busca da contratação de um novo técnico para sua equipe principal. Mas afinal, quais são os requisitos que o clube tem adotado nesse "processo seletivo"? Além de se encaixar na realidade financeira, o profissional precisará saber lidar com jovens e experientes, e se adaptar rapidamente aos processos.
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Obviamente o estilo de jogo é um fator preponderante na escolha, mas basicamente a preferência é por um treinador que tenha um padrão e não se mostre perdido mudando o esquema conforme os resultados não venham. Assim, profissionais pragmáticos e convictos têm prioridade na escolha.
Consequentemente, para que assuma e carregue essa filosofia, precisa ser alguém com "casca" suficiente para bancar essas opções e blindar o elenco em situações de oscilação. Dessa forma, dificilmente um técnico em início de carreira e/ou com poucas conquistas será contratado. Há a necessidade de entender o que é o Corinthians e o tamanho dele nos bons e maus momentos.
Como tem sido declarado há meses pela cúpula corintiana, os grandes reforços do clube nesta temporada serão os jovens promovidos da base. Sendo assim, o técnico que vier precisa saber lidar e usar essa garotada sem queimá-los. Além disso, o bom "trânsito" no vestiário com os mais experientes é fator essencial. Preservar o relacionamento interno, evitando crises com o elenco é algo que a diretoria busca manter, já que Vagner Mancini tinha essa habilidade.
Outro ponto primordial na busca do Timão por um técnico é entender que o momento financeiro do clube não permite grandes contratações, muito menos um "pacotão" de reforços. Se eles vierem, serão poucos e dentro das limitações do orçamento, ou seja, o treinador que tiver um histórico de fazer muito com pouco, terá um lugar especial na lista. A avaliação não será em cima de títulos, mas de desempenho, que mostre que o time esteja em processo de evolução.
Depois da comoção nas redes sociais em torna da possível contratação de Renato Gaúcho, a diretoria tem levado ainda mais em conta a aprovação da torcida a fim de que o trabalho possa pela menos começar com tranquilidade. Um nome que desagrade os corintianos somente deverá ser contratado se o conjunto da obra valer muito a pena para passar por cima desse fator.
Por fim, mas não menos importante, é a questão salarial. O treinador que receber um convite do Corinthians não terá muito espaço para "barganha" por valores muito mais altos do que a oferta realizada no primeiro momento. Renato Gaúcho e Diego Aguirre não tiveram as negociações prorrogadas por conta disso e essa prática deve permanecer no próximo alvo definido.
A uma semana do início do Campeonato Brasileiro, os dirigentes do Corinthians querem fechar essa contratação o quanto antes, para que o novo técnico tenha tempo para trabalhar e para conhecer as necessidades do time. Vale lembrar que ele ainda teria um "amistoso de luxo" na próxima quarta-feira, diante do River Plate-PAR, pela Sul-Americana, torneio no qual o Alvinegro já está fora.