Entrada de Clayson surte efeito, mas cria problema para Carille no Timão
Com Clayson como titular, técnico não tem opção no banco de reservas para deixar time ofensivo no segundo tempo. Marquinhos Gabriel ainda deve perder mais quatro jogos
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A mudança do "Corinthians ideal" surtiu o efeito desejado pelo técnico Fábio Carille. Em busca de mais velocidade e profundidade, o treinador colocou Clayson no lugar de Jadson e viu o Timão marcar três gols em cima do Palmeiras, no último domingo. Apesar de ter aprovado a alteração, Carille agora tem um problema: não tem outro jogador com características parecidas caso precise deixar a equipe ofensiva.
Ao contrário de Romero, Clayson ainda não consegue manter a intensidade durante os 90 minutos e é visto como uma substituição praticamente certa na parte final do segundo tempo. No Dérbi, por exemplo, ele saiu aos 39 minutos da etapa final, quando já havia perdido o gás.
No elenco corintiano, quem poderia assumir essa função é Marquinhos Gabriel, que se recupera de um estiramento na coxa direita e deve perder mais quatro jogos. Com isso, Carille ainda terá esse problema nesta quarta-feira, às 21h, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela 32ª rodada do Brasileirão.
- Se começar com o Clayson e tiver que ser mais ofensivo no segundo tempo, eu não tenho. Com Marquinhos, teria mais opção, mas agora só tenho o Clayson com essas características. Tenho certeza de 60 ou 70 minutos dele inteiro, mas não os 90. É um jogador que não consegue terminar o jogo bem, a parte final dele a gente tem melhorado - afirmou Carille, que já teve esse problema no Dérbi.
- Terminei o jogo sem um velocista, porque o Marquinhos está machucado. Se eu não estou com o resultado, não tem o Clayson no fim do jogo e fica difícil. Vi que ele já tinha perdido o gás, e até o deixei por um tempo, mas tive que tirá-lo no fim - disse Carille.
Nesta quarta, Clayson terá novamente uma chance no time titular. Jadson, que perdeu a vaga no Dérbi, terá de cumprir suspensão pelo terceiro amarelo.
PEDRINHO É VISTO COMO MEIA
Muitos torcedores corintianos questionam o motivo de não colocar Pedrinho na posição. Na avaliação da comissão técnica, embora tenha atuado em algumas partidas pelo lado do campo, o jovem de 18 anos é um meia articulador, e não um atacante de profundidade.
- O Pedrinho é meia, não é atacante. Meia inteligente, de boa condução, de infiltrar com a bola, não é jogador que você lança no pau de escanteio e ele vai receber. É um jogador de drible e infiltração. Guardadas as proporções, ele é mais Messi, que vem receber a bola para enfrentar, do que para receber a bola em profundidade, que é Clayson - analisou Carille.
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