Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez se diz contrário a um técnico estrangeiro no clube

Cartola afirmou que há opções qualificadas no mercado brasileiro, e citou nomes como Cuca, Felipão, Mano e Renato Gaúcho: 'Está nessa onda de gringos'

imagem cameraAndrés foi presidente do Corinthians em duas ocasiões (2007-2011 e 2018 -2020) (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 15/02/2022
17:00
Atualizado em 15/02/2022
17:20
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Andrés Sánchez não é a favor de um técnico estrangeiro no Timão. Ex-presidente do Corinthians, que deixou o clube, na sua segunda gestão, no fim de 2020, e que deixou o atual mandatário, Duílio Monteiro Alves, como sucessor no cargo, deixou claro que, diferentemente do que a diretoria corintiana tem buscado no mercado, não contraria um treinador internacional para substituir Sylvinho, demitido no último dia 2 de fevereiro. 

Andrés acredita que no Brasil há boas opções para comandar o clube alvinegro, e mencionou, inclusive, alguns nomes que estão disponíveis no mercado, como Cuca, Luís Felipe Scolari, Mano Menezes e Renato Gaúcho, todos já descartados pela atual direção do Corinthians. 

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- Sou contra estrangeiro. Acho que nós temos grandes treinadores no Brasil. Acho que estamos naquele momento de quatro anos atrás, quando o Carille foi campeão, de que "tem que ser treinador novo" e tiraram os velhos. E agora está essa onda de gringos. Acho que tem uns que são competentes e preparados, mas temos grandes treinadores no Brasil. No Corinthians, hoje, eu preferiria um treinador brasileiro. Tem vários: Cuca, Mano, Renato, Felipão... Tem vários. A diretoria tem que escolher um - afirmou o ex-presidente corintiano durante sua participação no programa Arena SBT, na última segunda-feira (15). 

Andrés também criticou o plano A do Corinthians na caça ao novo técnico. O primeiro escolhido da diretoria foi Jorge Jesus, português que foi campeão brasileiro e da Libertadores com o Flamengo, em 2019. O lusitano, que recentemente foi desligado do Benfica, de Portugual, está no mercado, mas não quis entrar em negociação com o Timão, pois quer trabalhar apenas após maio, quando se encerra a temporada europeia. 

Mesmo tendo sucesso recente no futebol brasileiro, Andrés Sanchez não acredita que Jesus repetiria o sucesso que teve no Rubro-Negro se chegasse ao Parque São Jorge. 

- Ele não vai fazer nunca mais o que fez no Flamengo. Aquilo foi um ano. Estava agora no Benfica, gastou 230 milhões de euros e ganhou o que? Não podemos achar que os treinadores portugueses, argentinos e espanhóis vão vir aqui e meu time vai ser campeão. Só ganha um - destacou Andrés. 

O ex-presidente também disse não ter sido procurado por uma consulta, nem nessa busca por um treinador, nem na anterior, na qual a direção optou pela contratação de Sylvinho. Para André Sanchez, Vagner Mancini, que foi o último técnico trazido ao Timão na gestão do cartola, tinha mais experiência e merecia um tempo de trabalho maior. 

- Não fui ouvido. Se tivesse sido, seria contra, porque não acho que tinha que tirar o Mancini na época. Tínhamos um treinador mais preparado na prática. O Sylvinho é estudado, talvez poucos tenham a preparação teórica do Sylvinho, mas ele entrou num time que não estava pronto e aqui não dá tempo de preparar - pontuou Sanchez. 

Internamente há pessoas no Corinthians que defende a ideia de André Sanchez e são contra a contratação de um comandante vindo de fora do Brasil. Até mesmo pessoas com grande influência nas decisões de futebol precisaram ser convencidos que era o momento para um gringo. 

A diretoria corintiana está travada na busca por um novo treinador. O perfil de um profissional estrangeiro, de preferência português, foi definido, mas a dificuldade em trazer esse tipo de treinador tem desacelerado o processo que, entende as pessoas no Departamento de Futebol, precisa ser rápido, já que o Timão está há menos de dois meses da estreia da Libertadores. 

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