Falta de ofensividade e protestos: os motivos da demissão de Carille

Treinador não resistiu à pressão e foi demitido do comando do Corinthians. Criação no setor ofensivo, protestos da torcida e declarações polêmicas dão o tom da demissão 

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A demissão de Carille, que parecia questão de tempo, foi sacramentada na tarde deste domingo, após a derrota para o Flamengo por 4 a 1, no Maracanã, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com a derrota, o Timão está sem vencer em oito partidas, e fora da classificação para a Libertadores da próxima temporada. 

O mau estar começou depois da derrota em casa para o Independiente Del Valle, do Equador, pelas semifinais da Copa Sul-Americana. Na ocasião, Carille reclamou da equipe, citando a falta de maturidade de alguns jogadores do grupo corintiano. A declaração do treinador causou estranhamento de alguns atletas, principalmente dos atacantes Pedrinho e Mateus Vital.

- Todos nós perdemos, mas nesses momentos um time mais cascudo é sempre importante. Mas tem de botar para jogar. Sobre elenco, agradeci a diretoria, que na dificuldade trouxe os reforços - comentou o técnico.

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Outro fator que complicou a permanência de Carille no Timão foi a falta de ofensividade da equipe. O clube é o terceiro que menos finaliza no Brasileirão, com média de seis chutes por jogo, atrás apenas de Botafogo e CSA. A indecisão entre Vagner Love, Boselli e Gustagol no comando de ataque também foi uma das críticas da torcida corintiana. 

A situação já era de pressão, mas ficou pior depois da derrota para o CSA por 2 a 1 na última quarta-feira. Com o revés, a torcida começou a fazer protestos na porta do CT Dr. Joaquim Grava, contra o treinador, diretoria e jogadores. Andrés Sanchez, presidente do clube soltou o verbo após a partida. 

– Já vi time perder, mas se entregar não pode, está apático. Quem quiser sair de férias já pode. Todo mundo tem culpa, mas quando ganha ou perde quem joga tem culpa. Não pode ficar neste marasmo – afirmou.

Segundo o mandatário, haverá "mudanças drásticas" no Corinthians. Resta saber quais serão estas mudanças.

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