Elias recusou proposta do Hebei China Fortune e se diz focado no Corinthians, mas ainda não descarta uma saída para o futebol chinês. O jogador ressaltou a vontade de permanecer no Timão para disputar a Libertadores e não perder espaço na Seleção Brasileira.
- A gente não sabe o que pode acontecer, esses caras são meio malucos, então pode chegar uma proposta de uma hora para a outra. Mas minha intenção sempre foi ficar no Corinthians e disputar a Libertadores. Em junho tem a Copa América e quero estar também - afirmou Elias, durante a Parada da Disney.
Apesar de a proposta de ter sido muito boa tanto para ele quanto para o Corinthians, como o próprio volante admitiu, Elias listou os fatos que influenciaram na recusa. Durante a entrevista, o jogador falou diversas vezes sobre a importância da Libertadores, disse que a família e a Seleção Brasileira pesaram, e revelou que o técnico Tite teve uma conversa com ele e com Gil, que está na mira do Shandong Luneng (CHN).
- O Tite conversou bastante comigo e está conversando com o Gil para que a gente possa ficar. Somos pilares na equipe, somos capitães, e isso tem muita influência nos demais jogadores. Ele é um treinador fantástico, e espero continuar trabalhando com ele e buscar outros objetivos, como a Libertadores - disse Elias.
Veja mais da entrevista do volante na Parada da Disney:
Ainda há conversas com outros clubes?
Não há nada, tenho contrato para cumprir. Claro que estar em um grande clube, que foi campeão ano passado, a tendência é que apareça alguma coisa, mas minha cabeça está no Corinthians e disputar a Libertadores.
Por que resolveu recusar a proposta?
Chegou proposta muito boa, tanto para mim quanto para o clube. Não sei o que aconteceu, sempre direciono para Deus resolver da melhor maneira possível. Essa não aconteceu, então não era para eu ir para a China. A gente pensa em um todo... Seleção, família, no clube que abriu as portas de novo para mim, na grande competição (Libertadores) que vai dar visibilidade. Tudo isso pesa.
Como foi recusar a proposta e depois ver outros companheiros indo para o futebol chinês?
Ficamos tristes, porque perdemos grandes jogadores e amigos. Era um time que já estava entrosado, mas sabemos da capacidade dos jogadores que ficaram e do treinador, que, com certeza, vai montar um bom time com o tempo e vamos mostrar um grande futebol que nem no ano passado.
Como encara esse primeiro jogo do ano, contra o Atlético-MG?
Sabemos da pressão que é jogar no Corinthians. Independentemente do jogo tem que ganhar, mas queremos jogar bem porque depois chegam os campeonatos. Não estamos em perfeitas condições e vamos melhorando a cada dia. Temos que readquirir ritmo de jogo, e não só a forma física.
Se a proposta fosse após as saídas, aceitaria ir para a China?
Passou um monte de coisa, mas em nenhum momento isso ia influenciar na minha decisão. Era uma decisão minha e do clube. Individual, não pensando no coletivo. Achei melhor ficar por causa da Seleção Brasileira, minha família e pela grande competição (Libertadores) que está por vir.
Qual recado para a torcida corintiana?
Para ter confiança no trabalho que está sendo feito. No ano passado, mesmo com perda de jogadores importantes, apresentamos bom futebol e fomos campeões. Tem que continuar apoiando, porque a gente sabe que vai ser difícil, mas com o apoio deles pode se tornar um pouco mais fácil.
Com as saídas, você virou o protagonista do time?
Um dos protagonistas. A gente sabe que vai aparecer mais um ou dois durante esse início do ano. Mas, pela história que eu tenho aqui e por estar na Seleção, fico mais em evidência, mas dividindo a responsabilidade com os outros jogadores.
Como está o Tite depois das saídas?
Ele não esperava, perdemos jogadores importantes, eu tive proposta, o Gil também. Ele fica meio chateado, porque esperava a manutenção do time. Agora, o pessoal que ficou tem que trabalhar ao máximo e escutar o Tite, que, com certeza, vai remontar o time igual ao ano passado.