Fora de 70% dos jogos no ano e alvo da Fiel, Elias vive desafios no Timão
Titular menos frequente da temporada e xingado em protestos sobre comportamento, Elias tem maior responsabilidade no clube em 2016. Após lesões, missão é liderar o time
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"Alô Elias, seu pipoqueiro, pode ir embora e leva o baladeiro", cantaram alguns torcedores do Corinthians na última segunda-feira, em protesto realizado pelas torcidas organizadas no Parque São Jorge em razão da má fase da equipe, que já não vence há três rodadas do Brasileirão. O recado da Fiel nesse canto está claro: a relação entre jogador e clube já não é a mesma de tempos atrás, e a responsabilidade de liderar a reação poderá cair no colo do veterano.
Hoje chamado de "pipoqueiro", Elias já viveu dias de glórias no Timão: campeão brasileiro da Série B (2008), campeão do Paulista e da Copa do Brasil (2009) e do Brasileirão (2015). Por muito tempo, o volante foi o favorito nos pedidos da torcida por reforços, já que as marcas são bastante positivas: 251 jogos e 41 gols de um jogador assumidamente torcedor do Corinthians – até de frequentar arquibancada, como foi na Libertadores de 2012, quando ainda era do Sporting (POR).
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Neste ano, Elias não tem conseguido repetir os bons números das épocas anteriores: ele jogou apenas 23 das 78 partidas do Corinthians no ano e é o titular menos frequente em campo, com 70,5% de ausências. Até jogadores que já chegaram depois do início da temporada, como Balbuena (anunciado em fevereiro) e Marquinhos Gabriel (anunciado em abril) já entraram em campo por mais tempo.
Soma-se à ausência em campo a reclamação pública do volante sobre o comportamento da torcida nos últimos jogos. Ele chegou a comparar a Fiel à torcida do São Paulo, “que só critica”. A comparação não pegou bem com a torcida, e o próprio jogador se arrependeu de tê-la feito.
Presente na arrancada do Corinthians da Série B aos grandes títulos internacionais, Elias está diante de um dos maiores desafios de sua carreira: liderar a reação de um Timão sob pressão. Consegue?
QUANDO FOI DESFALQUE?
Lesão polêmica - O volante teve uma fissura na fíbula da perna esquerda detectada em fevereiro, e ficou quatro semanas com o local imobilizado. O que causou estranheza foi o fato de ele ter feito uma ressonância magnética apenas 18 dias após sofrer uma pancada durante o jogo contra o Grêmio Osasco Audax, em 4 de fevereiro.
Copa América - Recuperado da lesão, Elias atuou em apenas mais nove partidas antes de voltar a deixar a rotina do Corinthians, desta vez para atuar na Copa América. O desfalque durou cinco jogos.
Vai embora? - Antes da Copa América, a saída de Elias do Corinthians era dada como certa, inclusive entre os próprios dirigentes. O Shandong Luneng, da China, era o maior interessado, mas a demissão do técnico Mano Menezes atrapalhou os planos e o jogador seguiu no Brasil. Volta foi contra o Fluminense.
Mais uma lesão... - Elias voltou ao Corinthians no dia 16 de junho, e sofreu uma fratura na costela logo em seu primeiro jogo, quando foi substituído. Recuperação tinha prazo de dois meses, mas foi antecipada para apenas um.
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