Guerrero? Gringo da vez no Timão, Romero dá recado: ‘Estou chegando’

Há quase dois anos no Corinthians, paraguaio tem apenas três gols a menos que o peruano na artilharia da Arena. Neste domingo, ante seu ex-conselheiro, hora de diminuir diferença

imagem camera(Foto: Daniel Augusto Jr)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 02/07/2016
19:47
Atualizado em 03/07/2016
06:00
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Ángel Romero tanto reclamou que virou titular do Corinthians há quatro jogos. E retribuiu a confiança, primeiro do interino Fabio Carille e depois do técnico Cristóvão Borges, com dois gols e duas assistências. Ele participou de gols em todas as partidas desde que entrou na equipe. Nesta semana, ele completa dois anos de sua estreia pelo Timão, e fala abertamente sobre a próxima meta: passar Guerrero como maior goleador da história da Arena Corinthians. Neste domingo, frente a frente com o peruano, o paraguaio terá uma boa chance de diminuir a diferença.

– É um objetivo para mim essa conquista de ser o artilheiro máximo da Arena. Não vou mentir, estou perseguindo esse objetivo. Quero ficar na história do Corinthians. A Arena tem só dois anos de fundação, mas é meu desejo ficar nessa história, passar o Guerrero e estabelecer essa meta. Tenho 12 gols na Arena, faltam três, e quero aproveitar esse momento para diminuir a vantagem dele e alcançar – avisa Romero, ao LANCE!.

O paraguaio vestiu a camisa do Timão pela primeira vez em 6 de julho de 2014, em amistoso contra o Uberaba, em Minas Gerais. Em 2014, fez 27 jogos e somente um gol. Em 2015, 18 jogos e quatro gols. E em 2016, já são 32 jogos e 11 gols marcados. Neste ano, pela primeira vez em todo o período ele chega a uma sequência de cinco partidas, e por isso se anima a buscar novos objetivos. O principal deles é desbancar Paolo Guerrero, antes amigo e conselheiro, e hoje adversário.

– Ele falou muito comigo quando cheguei, por causa da língua. Ele e o Cachito Ramírez, dois peruanos, me ajudaram muito. Como eu não falava português, não falo ainda, sempre conversava com eles, que me falavam como se comportar no treino e fora do campo também. Ele me ajudou bastante, até porque eu concentrava com ele. Aí quando ele foi embora a gente segue falando pelo Whatsapp, sempre brincando com as seleções do Peru e do Paraguai... É um reencontro especial para mim, pela amizade que temos. Ele ajudou demais minha adaptação aqui ao Brasil – diz o atacante paraguaio.

Guerrero tem 15 gols e Romero soma 12 até o momento no palco corintiano. Afinal, qual gringo é o rei da Arena Corinthians?

– Ainda é ele, mas meu objetivo é passar o Paolo. Ele tem 15 gols, né? Estou chegando!

BATE-BOLA com ÁNGEL ROMERO
ATACANTE DO TIMÃO, AO LANCE!

Paraguaio já foi aconselhado por Guerrero (Foto: Daniel Augusto Jr)

O jogo contra o Flamengo será seu quinto jogo seguido como titular. Como encara?
Desde que cheguei não tinha conseguido essa sequência, só agora. Para mim é muito importante a confiança do treinador, e eu procuro responder com grandes partidas e fazendo gol.

O que um jogador ganha com uma sequência assim?
Muita coisa. Você não vai demonstrar seu futebol em um jogo, tem que ter uma sequência para ver se tem futebol ou não. Isso é que estava faltando para mim, essa sequência. Agora estou jogando, os gols estão saindo e o momento está bom. Todo mundo sabe que ano passado não joguei muito, era um momento difícil. Mas agora estou mais confiante, já entro mais confiante no campo.

É coincidência você ter virado titular só quando o Tite saiu?
Acho que eu trabalho para ganhar a titularidade, sempre trabalhei. Com Tite, Mano Menezes, agora Cristóvão. Se você trabalha e não deixa de acreditar, você consegue o que quer. Eu nunca desacreditei no meu futebol, então esse momento que chegou preciso aproveitar, agarrar e não soltar mais. Quero fazer sucesso aqui e ajudar o time.

Nesta semana sua estreia pelo Corinthians completa dois anos. O que lembra disso?
Para mim foi um sonho cumprido vir para o Corinthians, um clube muito grande, reconhecido em todo o mundo. É uma oportunidade muito grande de vestir essa camisa, e uma responsabilidade enorme também. Foram momentos bons e ruins, e agora quero aproveitar o momento bom, de fazer gols, de ter sequência.

O atual momento é o seu melhor?
Acho que sim. Em janeiro, no começo do ano, também foi um bom momento. Este semestre todo, de janeiro para junho, julho, é meu melhor momento. Tive grandes partidas, em que acreditei que tinha o que demonstrar e ainda não tinha demonstrado. Nesse semestre já mostrei um pouco do meu futebol.

Qual foi o pior?
Ano passado. Esse momento, em junho mais ou menos, eu não sabia se ficava no Corinthians ou ia embora. Não estava tendo oportunidade, foi difícil para mim. Falei com minha família, meus irmãos, e eles falaram para eu ficar, trabalhar, acreditar sempre, me ajudaram muito. Tinha jogo em que eu não era nem convocado, e é difícil enfrentar isso. Mas graças a Deus superei esse momento.

O que mudou no Ángel Romero nestes dois anos?
Você aprende muito. Eu aprendi muito aqui no Corinthians. Estava vivendo um momento bom pelo Cerro Porteño, jogando pela seleção, mas precisava dar outro passo. Aprendi aqui a acreditar, como pessoa cresci muito, de não deixar de lutar, acreditar sempre, saber esperar as oportunidades. Cresci como pessoa e também como jogador.

'Quero ficar na história do Corinthians. A Arena tem só dois anos de fundação, mas é meu desejo ficar nessa história, passar o Guerrero e estabelecer essa meta', diz Romero

A artilharia da Arena Corinthians é um objetivo que você persegue?
É um objetivo para mim essa conquista de ser o artilheiro máximo da Arena. Não vou mentir, estou perseguindo esse objetivo. Quero ficar na história do Corinthians. A Arena tem só dois anos de fundação, mas é meu desejo ficar nessa história, passar o Guerrero e estabelecer essa meta. Tenho 12 gols na Arena, faltam três, e quero aproveitar esse momento para diminuir a vantagem dele e alcançar.

Quem sabe com o próprio Guerrero lá dentro...
É... (risos). Mas o mais importante é que o Corinthians ganhe. Se eu fizer gol no domingo vou ficar feliz, mas vou ficar mais ainda se o Corinthians vencer. Vou lutar para conseguir.

Guerrero era um exemplo para você quando chegou ao Corinthians, por ser estrangeiro e de posição semelhante?
Ele falou muito comigo quando cheguei, por causa da língua. Ele e o Cachito Ramírez, dois peruanos, me ajudaram muito. Como eu não falava português, não falo ainda, sempre falava com eles, que me falavam como se comportar no treino e fora do campo também. Ele me ajudou bastante, até porque eu concentrava com ele. Aí quando ele foi embora a gente segue falando pelo Whatsapp, sempre brincando com as seleções do Peru e do Paraguai... É um reencontro especial para mim, pela amizade que temos. Ele ajudou demais minha adaptação aqui ao Brasil.

Então agora o gringo que manda na Arena é outro...
Ainda é ele, mas meu objetivo é passar o Paolo. Ele tem 15 gols, né? Estou chegando!

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