Gustavo tem só 22 anos e chega com muita responsabilidade ao Corinthians. Ele tem a missão não apenas de substituir dois atacantes que saíram recentemente, André e Luciano, como também de vestir a camisa 9 que já foi de Ronaldo, Luizão, Casagrande e vários outros ídolos dele e de seus familiares torcedores do Timão.
O desafio parece grande, mas é só mais um para quem já enfrentou batalhas mais difíceis. De origem pobre, o jogador passou sete anos longe do pai, que foi preso. Para ajudar a mãe a manter a casa e os quatro irmãos, ele trabalhava com o tio, que era pintor de paredes. Gustavo já era maior de idade e ainda atuava na várzea, já quase sem esperanças de virar um atleta profissional... Mas no início de 2014 tudo mudou, e as histórias dele e do Corinthians começaram a se cruzar.
Ainda com o apelido de Gustavo Adebayor, o atacante foi artilheiro da Copa São Paulo de Juniores pelo Taboão da Serra e chamou a atenção do Timão. Uma negociação foi aberta, mas não foi para frente. Não havia consenso entre os dirigentes da base alvinegra, e as pessoas que trabalhavam com o atleta entendiam que seria pressão demais ir logo para um time grande. O Corinthians seguiu monitorando-o, e o namoro que começou ali daria casamento dois anos e meio depois – ao custo de R$ 4 milhões por 45% dos direitos dele.
A trajetória difícil fez do centroavante um guerreiro dentro de campo. Forte fisicamente, Gustavo tem características que encantam a torcida alvnegra, como ele fez questão de destacar no último sábado, em sua apresentação:
– Não vai faltar raça e dedicação, como a Fiel gosta. Gustavo e Corinthians têm tudo para dar certo!