Intocável, 10 do Santa Fe foi xodó de presidente e vai bem ante brasileiros

Omar Pérez, hoje aos 35 anos, foi bancado por Mauricio Macri, atualmente presidente da Argentina, como 'novo Riquelme'. Hoje, ele até derruba técnico no futebol colombiano

imagem cameraÍdolo foi campeão da Sul-americana do ano passado como capitão do Santa Fe (Foto: Divulgação)
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Lance!
Enviado especial a Bogotá (Colômbia)
Dia 05/04/2016
23:41
Atualizado em 06/04/2016
09:30
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Enquanto Guilherme enfrenta a resistência da Fiel para se firmar no Corinthians, o jogador que veste a camisa 10 do Santa Fe é um ídolo intocável para os colombianos. Aos 35 anos, o argentino Omar Pérez ajudou a colocar a equipe no mapa com sete títulos desde que chegou, em 2009. O status criado pelas conquistas fez o meia ganhar uma queda de braço poderosa recentemente.

Omar ainda não foi titular na Libertadores, e nem relacionado para alguns jogos. A condição fez o argentino abandonar um treino do Santa Fe comandado pelo técnico Gerardo Pelusso e publicar um comunicado em suas redes sociais dizendo que queria se desligar do clube em razão da incompatibilidade com o treinador. No mesmo dia, Pelusso ouviu xingamentos de torcedores na porta do hotel onde vivia, e entrou em acordo com o Santa Fe para sair. Nesta quarta-feira, aliás, é o primeiro jogo de Alexis Garcia, substituto de Pelusso, pela Libertadores. Ainda longe do padrão físico ideal, Omar é dúvida.

Outras curiosidades referentes ao camisa 10 do rival do Timão datam do começo de sua carreira. Revelado na base do Boca Juniors (ARG), Omar Pérez foi uma aposta do presidente do clube após vender Riquelme para o Barcelona, em março de 2001. Omar seria o novo Riquelme, mas as previsões de Mauricio Macri (sim, o atual presidente da Argentina) não se confirmaram da maneira esperada. Na ocasião, Macri disse que os 26 milhões de dólares da venda do camisa 10 seriam investidos em pagamento de dívidas, e que o substituto do ídolo já estava no elenco, esperando por uma chance. Apesar do técnico Carlos Bianchi ter bancado o garoto no início, uma lesão o afastou de vez do Boca e fez o meia rodar o mundo em busca de novas oportunidades.

Omar Pérez rodou desde então. Banfield (ARG), Junior Barranquiila (COL), Jaguares (MEX), Real Cartagena (COL) e Independiente Medellín (COL), todos antes de chegar ao Santa Fe, em 2009. A idolatria foi construída, além dos títulos, por episódios como a decisão de reduzir o salário durante uma grave crise financeira do clube ou o gol marcado no mesmo dia da morte de seu avô em um acidente automobilístico quando ia ver o neto jogar na Argentina.

Apesar de ser dúvida no confronto desta quarta-feira, Omar Pérez deve ser motivo de preocupação do Corinthians, já que é um tradicional algoz do futebol brasileiro. Em 12 partidas contra clubes brasileiros, o argentino marcou quatro gols, dois em 2011 (ambos contra o Botafogo), um em 2013 (contra o Grêmio) e mais um em 2014 (este diante do Atlético-MG). Apesar do elevado número de gols, ele mais perdeu do que ganhou: sete derrotas, um empate e quatro vitórias.

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