O vice-presidente do Corinthians André Luiz Oliveira, conhecido como André Negão, terá de prestar esclarecimentos ao Conselho Deliberativo do clube após ser alvo da 26ª fase da operação Lava Jato. Em 22 de março, ele foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para depor por suposto recebimento de R$ 500 mil em propinas da Odebrecht, responsável pelas obras da Arena.
Foi criada uma sindicância administrativa pela Comissão de Ética alvinegra para tratar do assunto. André Negão, que não precisa se afastar do cargo enquanto prepara a sua defesa, terá duas semanas para depor.
- Como presidente do Conselho Deliberativo, encaminhei ao presidente da Comissão de Ética um pedido para que fosse apurado a veracidade ou não das denúncias envolvendo o vice-presidente. Agora cabe ao presidente da
Comissao de Ética, Sérgio Alvarenga, decidir e instaurar um procedimento, dar direito de resposta e depois determinar o que deve ser determinado - declarou Guilherme Strenger, presidente do Conselho do Timão, ao LANCE!.
Na última semana, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, saiu em defesa do vice e declarou que ele não será afastado de suas funções no clube.
No dia em que foi levado para depor, André Negão acabou preso em flagrante por posse ilegal de duas armas e teve de pagar fiança de R$ 5 mil.
O vice corintiano é grande aliado do ex-presidente corintiano e hoje deputado federal (PT-SP) Andrés Sanchez, para quem trabalha como secretário parlamentar.