De uns tempos pra cá, o torcedor corintiano já sabe a quem recorrer nas situações de dificuldade, como agora: Adenor Leonardo Bachi, vulgo Tite. Neste momento, após eliminação na semifinal do Paulista, o treinador vira esperança alvinegra mais uma vez e não somente pelas soluções táticas que pode criar, mas também por seu retrospecto.
O técnico nunca perdeu para equipes uruguaias e tenta manter a tradição nesta quarta, contra o Nacional, no duelo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, no Estádio Parque Central, em Montevidéu. Até agora, em seis duelos contra times do país vizinho (apenas duas no comando pelo Timão), ele venceu quatro e empatou duas.
Agora, além de lidar com a força e a tradição do Nacional, tricampeão mundial, Tite encara o desafio de reerguer o moral do time depois da eliminação da semifinal do Paulistão, como foi no ano passado. Desta vez, porém, com a “sorte” de ter um duelo de ida e volta, ao contrário do que ocorreu no Estadual.
– Maturidade se dá ao longo do tempo, equipes se moldam e crescem com tempo. Queria que fosse um jogo de 180 minutos (contra o Audax). Precisamos conquistar essa maturidade e não individualizar culpados – comentou o técnico.
Se o retrospecto de Tite é um alento, o do Corinthians não inspira muita confiança. Na história, o clube de Parque São Jorge venceu apenas uma vez o rival. O único triunfo foi há mais de 60 anos, em 1956. Desde então, tricolores e alvinegros se enfrentaram mais sete vezes, com cinco empates e duas vitórias dos uruguaios.
Como contraponto, destaca-se o fato de que o Timão não perde para equipes do Uruguai desde 2000.
A partir desta quarta, os números ficarão no passado e uma nova história será escrita em Montevidéu. Porém, como alerta Tite, o “emocional também pesa”. O que prevalecerá: o tabu de Tite ou a seca corintiana diante do Nacional?
- TIMÃO X URUGUAIOS
Nacional
Retrospecto do Corinthians contra o adversário não é bom. Em oito confrontos, foram cinco empates, duas derrotas e só uma vitória, que ocorreu em 1956, no primeiro duelo entre as equipes. Pela Libertadores, dois empates em 1991, na fase de grupos.
No geral
Retrospecto contra equipes uruguaias é positivo. Alvinegro venceu 12 confrontos, teve 11 empates e seis derrotas, tendo marcado 49 gols e sofrido 32. Último duelo contra equipe do país vizinho foi pela Libertadores do ano passado, quando goleou o Danúbio por 4 a 0, na Arena. Corinthians não perde para um uruguaio desde 2000, quando caiu para o Nacional por 2 a 1, pela Copa Mercosul.
TITE FORTE
2002
Pelo Grêmio, enfrentou o Nacional nas quartas de final da Libertadores. Venceu por 1 a 0 em casa e arrancou empate no Uruguai. Gustavo Munúa, hoje técnico da equipe, era o goleiro decano na época.
2003
Novamente com o Grêmio, empatou com o Peñarol fora e goleou no Olímpico, pela primeira fase da Liberta
2015
Ano passado, pelo Timão ganhou os dois duelos contra o Danúbio, na fase de grupos da Libertadores.