Jadson é bancado no Corinthians por dedicação e histórico. Agora embala?
Meia vive má fase admitida por todos à sua volta, mas segue como titular pelo esforço para melhorar que já fez até pedir treinos extras e pela capacidade de decidir em fases negativas
Jadson fez um gol e deu uma assistência nos dois jogos que renderam o título do Campeonato Paulista ao Corinthians contra a Ponte Preta, em maio. Ali, o experiente meia vivia sua melhor fase desta segunda passagem pelo clube e se tornava o maestro de um título muito comemorado pela "quarta força". Hoje o Timão está a oito partidas de uma conquista ainda mais importante, mas seu camisa 10 está longe de passar pelo melhor momento.
Internamente, a partir de números e análises técnicas, o Corinthians tentou buscar explicações para a má fase de Jadson, que foi substituído pelo técnico Fábio Carille nos últimos oito jogos seguidos - sendo três vezes ainda no intervalo, algo que é incomum na dinâmica de trabalho do jovem técnico. A explicação é que o time inteiro teve uma queda de rendimento e a bola não sai com qualidade dos pés de Jadson porque já não chega assim. Então, como o problema não é o camisa 10, não há razões para mudar.
Poderia haver motivos para trocar as peças se Jadson não fosse um dos jogadores mais dedicados do atual time titular do Corinthians nos treinamentos. Nesta semana, por exemplo, ele pediu ao departamento físico e à comissão técnica para treinar faltas, então foi sacado de uma atividade de bolas aéreas defensivas para poder aprimorar uma jogada que pode fazer a diferença na reta final do Timão no Brasileiro. O pedido partiu do jogador, que já teve sua disposição para melhorar elogiada até publicamente por Carille.
Além da dedicação de Jadson, o próprio Carille destacou outro elemento que faz o camisa 10 ser bancado como titular mesmo com a equipe em má fase: o histórico. Segundo o treinador alvinegro, Jadson é daqueles que podem "decidir o jogo com uma bola, encontrando um passe onde poucos encontram". Camisa 10 clássico, o jogador entrou em campo 43 vezes nesta temporada, sendo 41 como titular, e é o terceiro do elenco em gols (oito) e assistências (seis).
Ponte Preta é a maior vítima - Uma superstição também pode motivar o pensamento positivo a respeito do camisa 10 neste domingo, no estádio Moisés Lucarelli: a Macaca é o time que mais sofreu gols de Jadson pelo Corinthians e nunca derrotou a equipe da capital desde a primeira passagem. Foram sete jogos, com quatro vitórias, três empates, quatro gols marcados e uma assistência.
- A Ponte Preta vive uma situação delicada e vai brigar muito pela vitória. A gente também precisa conquistar os três pontos para manter, ou até mesmo aumentar, a distância para os outros times que estão chegando. Será um jogo bem difícil, mas iremos em buscar da vitória - declarou o meia do Timão.