Jadson está sem clube após acertar a rescisão com o Tianjin Quanjian, da China, mas engana-se quem acha que será fácil contratar o meia de 33 anos em 2017. Poucos dias após falar com extremo otimismo sobre a possibilidade de anunciar o campeão brasileiro de 2015 como reforço para esta temporada, o Corinthians se assustou com a pedida financeira fixada pelo estafe de Jadson e decidiu adotar cautela na negociação - o Atlético-MG, que também iniciou contatos com a empresa que agencia o jogador, é outro que não recebeu com euforia a notícia dos valores: R$ 10 milhões de luvas por três anos de contrato.
Isso significa que além do salário mensal, o clube que contratar Jadson terá um gasto de mais R$ 250 mil referentes ao prêmio pela assinatura do contrato diluídos ao longo de três temporadas. O estafe de Jadson não confirma, mas os vencimentos mensais são estipulados na casa dos R$ 600 mil - assim, o "pacote Jadson" terá custo aproximado de R$ 1 milhão. Corinthians e Atlético-MG, os dois clubes que abriram conversas até o momento, não se mostraram dispostos a conceder à pedida, o que pode prolongar as negociações.
Jadson rescindiu contrato com o Tianjin Quanjian há apenas dois dias, mas a negociação já durava duas semanas. Ele receberá um valor considerável como multa pela quebra do vínculo, mas o valor não contempla todo o ano de contrato que ele ainda possuía na China, que é equivalente a R$ 18 milhões. Ou seja, Jadson precisou abrir mão de alguns milhões de reais para ficar livre novamente. Assim, o estafe do meia vê o novo contrato como possibilidade do jogador não ser prejudicado financeiramente pela transferência.
O retorno do meia ao Brasil é esperado para a noite desta quarta-feira, e nos próximos dias ele se reunirá com seus representantes para ouvir os clubes interessados e discutir o futuro. Pelo vínculo emocional e segundo indicou em conversas pessoais com o técnico Fabio Carille, Jadson dá preferência ao Corinthians, mas não está descartado acerto com algum outro clube.
O Corinthians vê Jadson como alguém capaz de mudar o status da equipe em 2017, mas não esconde o pessimismo após os primeiros contatos formais com os representantes do meia. O clube, aliás, não "ajudou" nos últimos dias: declarações do diretor de futebol Flávio Adauto de que já havia rescisão quando na verdade nem acordo havia quase melou os negócios, e a indicação de que não entrará em "leilão" incomodou o estafe, que vê o clube jogando o aleta contra a torcida.
Únicos a demonstrarem interesse até o momento, Corinthians e Atlético-MG negociam para tentar diminuir a pedida financeira antes de formalizarem uma proposta. Vai dar novela.