Em jejum de gols, Romero associa fase à mudança de posição no Timão
Paraguaio, que voltou a atuar pela ponta direita, não balança as redes há dois meses. Em entrevista coletiva, falou sobre Jair, Flamengo, ansiedade pela Copa do Brasil e renovação
- Matéria
- Mais Notícias
Há dois meses sem balançar as redes pelo Corinthians, Romero acredita que o jejum de gols tem a ver com a mudança de posição. Com Jair Ventura, o paraguaio voltou a atuar mais pela ponta, especificamente pela direita, onde tem que voltar mais para marcar e, consequentemente, se afastada da grande área adversária. Tranquilo, exaltou o trabalho que vem sendo feito pelo novo treinador durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, no CT Joaquim Grava.
- Sempre me cobro por isso, por deixar de fazer gols em jogos que eu preciso fazer. Sempre me cobro sobre isso. Faz um tempinho que não faço gols, mas porque mudei a posição, o sistema, mudou o treinador, na direita tenho que voltar para marcar. É diferente de jogar como centroavante, que você fica mais perto do gol. Mas sempre me cobro. Joguei na direita nos últimos quatro anos e fazia gols, não é desculpa isso. Sempre tento o gol, quando não faço eu saio nervoso. Como atacante, acho que é normal isso - ponderou o atacante, e completou, sobre Jair Ventura:
-Jair aos poucos vai implementando as ideias dele. Chegou num momento que a gente precisava mais de resultado que outra coisa, era difícil mexer. Teve jogos contra Palmeiras e Flamengo no Maracanã. Pouco tempo para mexer no time, depois tivemos uma semana longa, com muita tática, treinamos bola parada, defensivamente ficamos mais compactos, aos poucos ele está colocando a ideia dele, sempre com o DNA do Corinthians.
Relacionadas
Romero não balança as redes há dois meses. A última fez que marcou um gol foi contra a Chapecoense, ainda pelas quartas de final da Copa do Brasil. Desde então, tem se preocupado mais com o coletivo do Timão do que com qualquer outra coisa. E assim pretende seguir.
- Contra o Flamengo, no Maracanã, quase não ataquei, o jogo permitia isso. Mas, em casa, eu estou mais perto da área, fico mais à vontade para atacar. Independente do rival, na Arena tenho mais chances. Tem que ver o momento do time para atacar e marcar. Na Europa todo mundo joga deste jeito também. No Corinthians, o sistema pede isso. Você citou Malcom e Jorge Henrique, mas todos que jogam nas pontas têm que fazer isso. Todos os técnicos pedem isso - completou o paraguaio.
O próximo desafio do Corinthians é justamente contra o Flamengo, time que o Alvinegro eliminou nas semifinais da Copa do Brasil. Embora agora o compromisso seja pelo Brasileirão, Romero admitiu que é quase impossível voltar as atenções 100% para o torneio por pontos corridos. O Timão faz a final da Copa contra o Cruzeiro.
- Vou ser mentiroso se, eu, como jogador, não pensasse neste jogo. A ansiedade é grande para jogar a final e ganhar um título. Mas estamos muito atrás no Brasileiro, a gente precisa somar, o Corinthians não merece estar onde está no Brasileiro. Se você perde no Brasileiro, perde confiança. Precisamos ganhar do Flamengo. Mas sim, pensamos no título, mas com tranquilidade. Será um rival difícil, o Cruzeiro, um treinador bom, o Mano. Tem jogadores aqui que ganharam muitos títulos, como Ralf, Danilo, Cássio e Emerson, e eles passam para os mais novos conselhos que ajudem que o grupo fique mais tranquilo para a final - ponderou.
Confira outros pontos da entrevista coletiva de Romero no CT Joaquim Grava:
Sobre Jair Ventura
Vai ser difícil vir um treinador que queira mudar o sistema do Corinthians. Esse é um time lutador, que nunca desiste e com sonhos de ganhar títulos. Jogador que vem aqui quer títulos. Não temos elenco grande, mas queremos títulos. Ninguém acreditava que a gente ia chegar na Copa do Brasil, pelo momento do clube, por perdermos jogadores, mas aqui dentro a gente sempre acreditou que ia chegar na final da Copa do Brasil.
Brasileirão x Copa do Brasil
Além de ser a vitória 100, a gente precisa dos pontos, estamos muito atrás no Brasileirão. Espero que a gente faça um bom jogo contra o Flamengo, como foi na última quarta. Vai ser um jogo especial. Me sinto à vontade jogando na Arena, em casa, a torcida apoia. Já fiz muitos gols lá, espero que a gente jogue bem coletivamente.
Flamengo
Cada jogo é diferente, na quarta passada foi jogo de Copa do Brasil, a gente precisava da vitória, um jogo mais fechado, esse vai ser mais aberto, os dois times precisam dos pontos. A gente entrou com muito cuidado para não tomar gol. Agora vai ser mais aberto.
Renovação
Então, de renovação, ainda não tive oportunidade de falar com ele, a gente sempre brinca, mas é uma coisa que a gente tem que sentar para negociar. Ele sabe da minha vontade de ficar no clube, todo mundo sabe, temos que sentar e falar. Tenho contrato de oito, sete meses. Temos que sentar e negociar. Minha vontade é de ficar e do clube é de renovar.
Minha vontade é sempre de ficar. Tenho o sonho de jogar na Europa um dia, mas estou muito feliz aqui. Me adaptei a tudo, é muito perto do Paraguai, estou feliz aqui, mas tem que negociar. Não depende só de mim nem só do Corinthians, tem que sentar em dezembro ou em julho (fim do contrato). Sei que eles querem, está tudo bem.
História no Corinthians
Não imaginei fazer história no Corinthians. Eu tinha o sonho de fazer, mas não imaginei ficar muito tempo no clube. Nem ficar como o estrangeiro com mais jogos do Corinthians. Aqui vivi momentos bons e ruins. Com paciência, construí uma linda história no clube. Se o torcedor gosta ou não, é outra coisa. Mas eu como jogador, deixei minha marca no clube como jogador de raça, que ganha títulos. Na minha primeira entrevista aqui, em espanhol ainda, falei que queria fazer história.
Passei muitos momentos ruins, que nunca deixei de acreditar no meu futebol, e o momento que me senti mais identificado com o torcedor foi o 6 a 1 contra o São Paulo, quando ganhei muita confiança, me senti muito bem e passei a acreditar mais ainda em mim. Hoje, posso falar: o torcedor pode gostar ou não de mim, mas estou contente pelo o que tenho feito pelo Corinthians
Sobre Sergio Díaz
Fiquei feliz por ele, um cara que sofreu muito, jogador de muita qualidade, conhecia ele do Cerro Porteño, tinha acompanhado jogo dele na Europa. Vai nos ajudar, novo, tem qualidade, passou por momentos ruins, teve a lesão que deixou ele por 11 meses fora. Difícil voltar, sempre falava que estava ansioso, que queria voltar, agora está com mais confiança depois de entrar e fazer um bom jogo, para voltar a ser aquele Díaz. Esse jogo que ele entrou vai dar muita confiança.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias