O Corinthians divulgou ontem mais detalhes sobre a parceria dos naming rights da arena com a Neo Química, empresa farmacêutica que pertence a Hypera Pharma. Em um contrato com duração de 20 anos, a companhia irá desembolsar R$ 300 milhões ao todo.
Ainda que com grande atraso - Andrés Sanchez fez a primeira promessa em fevereiro de 2012, quando o estádio ainda nem estava de pé -, o acordo é fundamental para os próximos anos do clube, que desde a inauguração de sua arena se vê perdido em uma dívida, que parecia impossível de ser quitada, com Odebrecht e Caixa Econômica Federal.
Casa cheia o Corinthians tem desde que o sonho da casa própria se tornou realidade, mas o financiamento se tornou uma bola de neve que sugava toda a receita com bilheteria. Quem observa o elenco do Corinthians hoje como uma lupa percebe que houve impacto também dentro de campo. Após o título brasileiro de 2017, o Timão vendeu seus principais jogadores e não conseguiu mais repor à altura. Contratou em baciada e poucos vingaram de fato. Paralelamente, viu Palmeiras e Flamengo tomarem o protagonismo no gramado e no mercado.
Até a parada provocada pela pandemia, o Corinthians, de técnico novo, fazia um Paulistão medonho, enquanto tentava curar a eliminação precoce na fase preliminar da Libertadores. O início ruim do Brasileirão, com apenas uma vitória em cinco jogos, reforça a necessidade de mais investimentos para formar novamente um time capaz de disputar títulos relevantes.
A Neo Química resolve uma parte, mas é a gestão, em ano de transição no poder dentro do clube, que tem a incumbência de aproveitar o naming rights para arrumar a casa.
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