O torcedor do Corinthians certamente ainda não digeriu a derrota por 2 a 1 para o Bahia, na noite da última quinta-feira, na Fonte Nova, mas essa foi mais uma nessa série negativa de quatro partidas e apenas uma vitória. Além disso, foram oito gols sofridos, uma média imensamente superior àquela registrada na sequência anterior de sete jogos sem perder, que terminou no Dérbi.
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Na série invicta que englobou os duelos com Grêmio, Coritiba, Fortaleza, São Paulo, Goiás, Botafogo e Fluminense, a defesa do Timão levou apenas um gol, diante do time goiano, na Neo Química Arena, em jogo que acabou com triunfo corintiano, de virada, por 2 a 1. Foram cinco vitórias e dois empates, com média de apenas 0,14 gol sofrido por partida, além de 1,57 gol marcado no período.
As coisas mudaram, porém, a partir do clássico com o Palmeiras, que teve goleada de 4 a 0 para o rival e o término da sequência sem derrota. Além desses quatro gols sofridos, foram dois diante do Red Bull Bragantino e dois diante do Bahia, só passando ileso contra o Sport. Ao todo, foram oito tentos sofridos em quatro jogos, média de dois por jogo, cerca de 14 vezes maior do que na fase invicta, um claro descompasso do setor que vinha sendo destaque.
- O diagnóstico é que defensivamente a equipe vem sofrendo e isso não podemos admitir. A partir do momento que tínhamos uma equipe totalmente equilibrada, mostrou esse equilíbrio no primeiro tempo, até tomar os dois gols, obvio, comandava a partida, tinha as melhores ações, e, de repente, a gente toma um gol e depois um contra-ataque que tínhamos dois zagueiros e um lateral e tomamos um gol também - analisou Vagner Mancini após a derrota.
Nesse meio tempo, a diferença mais aparente no setor foi na dupla de zaga, que vinha sendo com Jemerson e Gil, que era a que estava em campo na goleada sofrida no clássico. Depois, com Gil suspenso, Bruno Méndez e Jemerson formaram o setor contra o Sport, quando Jemerson se machucou, e provocou a mudança para Bruno Méndez e Gil diante de Bragantino e Bahia.
Por conta disso, Mancini projeta ajustes na equipe durante a preparação antes de enfrentar o Ceará, na próxima quarta-feira. Para ele, não se pode admitir que o Corinthians tome dois gols no primeiro tempo jogando melhor do que adversário. Mesmo com o que foi apresentado na segunda etapa contra o Bahia, ele afirma que haverá cobrança em cima do elenco corintiano.
- Isso mostra que temos que fazer ajustes e esses ajustes são necessários quando você enxerga, não só nas derrotas, mas também nas vitórias, porque às vezes você ganha um jogo e corrige algumas coisas no sistema defensivo. O Corinthians não pode tomar dois gols no primeiro tempo como tomou hoje (quinta-feira). Nas outras partidas vivemos uma história diferente, mas no jogo de hoje jogamos melhor do que o adversário, que sabíamos que jogaria a vida, porque quer fugir do Z4, e você permite que saiam na frente, amplie o marcador ainda no primeiro tempo. Por mais que a gente tenha tido volume de jogo na segunda etapa, eles serão cobrados por isso aí - concluiu o técnico.
Agora, o Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h30, quando recebe o Ceará, na Neo Química Arena, pela 34ª rodada do Brasileirão-2020. O jogo contra o Santos, que seria neste domingo, pela 33ª rodada, foi adiado por conta da disputa da final da Copa Libertadores. Atualmente, o Timão está na nona posição na tabela, com 45 pontos, seis atrás do primeiro clube no G6.
Veja os números do Timão nas duas sequências citadas acima:
Invencibilidade
7 jogos
5 vitórias
2 empates
11 gols marcados (1,57 gol por jogo)
1 gol sofrido (0,14 gol por jogo)
Negativa
4 jogos
1 vitória
3 derrotas
4 gols marcados (1 gol por jogo)
8 gols sofridos (2 gols por jogo)