O Corinthians trata com tranquilidade o fato de o zagueiro Yago ter sido flagrado no exame antidoping durante partida da primeira fase do Campeonato Paulista, contra o Santos, na Vila Belmiro. O defensor utilizou a substância betametasona, que faz parte de um medicamento de ação anti-inflamatória para combater dores no joelho e é proibida pelo Regulamento de Controle de Dopagem da CBF e pela WADA (Agência Mundial de Dopagem).
Contudo, a medicação foi administrada de forma intra-articular (infiltração), método permitido pela Agência Mundial de Dopagem. Todos os glicocorticóides (grupo do qual faz parte a betametasona) são proibidos quando administrados por via oral, intramuscular, intravenosa ou retal.
- Essa substância tem algumas vias de administração, e a via que foi injetada no Yago, intra-articular, é permitida. Em outras administrações é doping. A gente já tem vários relatos, atletas, exames realizados. Não há necessidade de preocupação, porque a via é permitida. Não foi venosa, oral e muscular, foi intra-articular, aplicação de medicamento de potente função anti-inflamatória, função terapêutica, para acelerar a recuperação de atletas - disse Julio Stancati, médico do Timão, que trata a notificação recebida pelo clube como uma mera burocracia.
- Qualquer tipo de administração da droga vai para o controle de doping, mas lá eles não têm noção de que há esse precedente de administração. Isso é notificado, é procedimento burocrático de chamar e levar para julgamento. E vamos fazer a defesa natural também - completou Stancati.
Agora, o Corinthians aguarda pelo resultado da contraprova, no próximo dia 2 de maio, e só então saberá os próximos passos. Caso o resultado seja novamente positivo, Yago ficará suspenso preventivamente por 30 dias, à espera do julgamento.
Enquanto isso, o zagueiro segue como titular do Corinthians. Ele iniciará a partida contra o Nacional (URU), nesta quarta-feira, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, em Montevidéu.